Por Carolina Mandl e Daniela Machado | Valor
Daniel Wainstein/Valor
SÃO PAULO – O Bradesco abriu a temporada de balanço dos
bancos brasileiros ao anunciar nesta quinta-feira lucro líquido ajustado de R$
3,199 bilhões no quarto trimestre, o que representou uma alta de 9,6% sobre
igual trimestre do ano passado. O lucro contábil no período foi de R$ 3,079
bilhões, com crescimento de 6,4%.
O desempenho ficou em linha com a projeção de analistas
consultados pelo Valor, que esperavam lucro de R$ 3,2 bilhões de outubro a
dezembro do ano passado.
Em todo o ano passado, o segundo maior banco privado do país
teve lucro ajustado de R$ 12,202 bilhões.
O controle da qualidade dos ativos e a expansão das receitas
de serviços impulsionaram o lucro do Bradesco.
Há cerca de dois anos, Bradesco e Itaú Unibanco iniciaram a
migração do portfólio de crédito em direção a produtos com mais garantias,
seguraram as despesas e reforçaram a avaliação de risco da clientela.
Nesse contexto, a carteira de crédito expandida cresceu 3,6%
no último trimestre em relação ao terceiro e 10,8% em 12 meses, alcançando R$
427,273 bilhões. A taxa de inadimplência considerando atrasos superiores a 90
dias ca u para 3,5% no quarto trimestre, ante 3,6% nos três meses anteriores e
4,1% em igual período de 2012.
Apesar da expansão do crédito, as despesas com provisão para
devedores duvidosos recuaram 7,8% na comparação anual, para R $ 2,961 bilhões
no quarto trimestre de 2013. Em relação ao terceiro trimestre, houve
crescimento de 2,8%.
Em um ano de fraco crescimento do crédito, o estoque de
empréstimos do Bradesco pelo critério adotado pelo Banco Central (BC) atingiu
R$ 323,061 bilhões em dezembro. Isso representou uma expansão de 3,66% sobre
igual mês de 2012 e de 11% ante setembro de 2013.
Pelo conceito de carteira expandida, que inclui avais,
fianças e operações de antecipação de recebí veis, o saldo ficou em R$ 427,273
bilhões. Em 12 meses, o crescimento foi de 10,8%, ligeiramente abaixo do piso
da projeção que o banco tinha feito para 2013, que era de expansão entre 11% e
15%.
No acumulado do ano, foram os desembolsos para pessoas
físicas que tiveram melhor desempenho, com alta de 11,2%, enquanto para as
empresas o crescimento foi de 10,6%.
O Bradesco destaca que o crédito consignado, o financiamento
imobiliário e à exportação ditaram o ritmo. Por outro lado, o financiamento a
veículos para pessoas físicas sofreu queda de 9,31% no ano.
No trimestre, esse cenário se inverteu, com as operações
para pessoas jurídicas crescendo 3,9%, e os desembolsos para consumidores tendo
alta de 2,9%.
Para 2014, o Bradesco prevê um aumento da carteira de
crédito expandida um pouco mais contida, entre 10% a 14%, sendo que o melhor
desempenho deve vir das pessoas físicas (11% a 15%). Para as empresas, a
perspectiva é de crescimento entre 9% e 13%.
Os balanços das principais companhias brasileiras, seus
comunicados e analistas que acompanham as empresas podem ser consultados no
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