Publicado
por Blog dos Bancários em 27/08/2013
Crédito:
Jailton Garcia/Contraf-CUT
Jailton
Garcia/Contraf-CUTNo segundo dia de negociação sobre remuneração, nenhuma
proposta dos bancos
Os
bancos mais uma vez se abstiveram de apresentar qualquer proposta ao Comando
Nacional dos Bancários nesta terça-feira 27, em São Paulo, no encerramento da
terceira rodada de negociações da Campanha 2013, dedicada ao tema remuneração.
Mas anunciaram que apresentarão uma “proposta global” para a pauta geral de
reivindicações dos bancários na próxima rodada de negociações, na dia 5 de
setembro, às 14h.
“Queremos
que na próxima negociação os bancos tragam propostas sobre os três blocos de
negociação, com soluções para as questões de saúde, condições de trabalho,
segurança, emprego, igualdade de oportunidades e remuneração”, afirma Carlos
Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos
Bancários.
“Mas
como acontece todos os anos, sabemos que os banqueiros só se movem sob pressão.
Por isso é imprescindível que as entidades sindicais intensifiquem a discussão
nos locais de trabalho e a mobilização da categoria, não apenas para a Campanha
Nacional, mas também para as manifestações convocadas pelas centrais no dia 30
e para a votação do PL 4330 na CCJC da Câmara dos Deputados nos dias 3 e 4 de
setembro em Brasília”, alerta Cordeiro.
No
segundo dia de negociação sobre remuneração, o Comando e a Fenaban discutiram
nesta terça-feira PLR e os auxílios refeição, creche, cesta-alimentação e
educacional, dentre outras demandas.
Veja
aqui como foi o primeiro dia de discussão da rodada sobre remuneração.
PLR
A
reivindicação dos bancários é de PLR equivalente a três salários mais valor
fixo de R$ 5.553,12 e que não pode ser
compensado
nos planos próprios de remuneração variável.
O
Comando argumentou que a cada ano diminui a massa salarial dos bancários e,
como há falta de transparência nos balanços dos bancos, a categoria quer mudar
a regra de forma a torná-la mais simples e fácil de compreensão.
Os
dirigentes sindicais frisaram que os bancários querem maior percentual de
distribuição da PLR, mais próximo do tamanho do lucro das empresas, e elevação
dos tetos que limitam os valores a serem distribuídos. E cobraram dos bancos
uma discussão séria sobre os PDDs, as provisões para devedores duvidosos, cujos
montantes os bancos vêm aumentando sem justificativa técnica, o que diminui a
PLR. Com essas provisões, só os trabalhadores perdem.
Os
representantes dos bancos descartaram a possibilidade de mudança de regra da
PLR durante esta campanha nacional.
Auxílios-refeição,
cesta-alimentação e creche/babá
A
reivindicação dos bancários é aumentar os auxílios-refeição, cesta-alimentação,
13ª cesta e auxílio creche/babá para R$ 678,00, equivalente ao salário mínimo
nacional.
Os
representantes da Fenaban afirmaram que nos últimos anos reajustaram os
auxílios acima da inflação e descartaram a elevação dos valores como querem os
trabalhadores.
“Cobramos
também a manutenção da cesta-alimentação para os afastados por doença ou
acidente de trabalho até a alta do INSS e do médico do trabalho”, destaca
Cordeiro. Hoje, o pagamento ocorre até 180 dias de afastamento. “É inaceitável
que os bancos economizem sobre bancários que adoeceram no trabalho”, salienta.
Os
negociadores da Fenaban ficaram de discutir o tema com os bancos.
Gratificação semestral
Os
bancários reivindicam o pagamento de uma gratificação semestral de 1,5 salário
para todos os trabalhadores nos meses de janeiro e julho. Alguns estados (RS,
BA, PB e SE) e bancos em outros estados já pagam essa verba salarial há muitos
anos, no valor de um salário.
A
Fenaban, porém, negou a reivindicação, afirmando não haver sentido existir
simultaneamente PLR e gratificação semestral, deixando claro que quer acabar
com essa verba. Os dirigentes sindicais rebateram, dizendo que se trata de uma
forma de valorização do trabalho dos bancários.
Auxílio educacional
O
Comando reivindicou o pagamento de um auxílio educacional por todos os bancos,
para empregados que estejam cursando ensino médio, graduação e pós-graduação. Várias
instituições já concedem bolsas de estudo.
Os
representantes da Fenaban negaram, alegando que o assunto deve ser discutido
banco a banco. Os dirigentes sindicais insistiram na concessão do auxílio, pois
significa qualificação da mão de obra, favorecendo bancários e bancos.
Parcelamento
de adiantamento de férias
O
que os bancários reivindicam é que, por ocasião das férias, a devolução do
adiantamento feito pelo banco seja efetuada em até dez parcelas iguais e
sucessivas, a partir do mês subsequente ao do crédito, sem acréscimo de juros
ou correção de qualquer espécie. Vários bancos já efetuam parcelamentos.
Os
negociadores da Fenaban vão levar a demanda aos bancos.
Previdência
complementar
Os
bancários reivindicam que todos os bancos instituam e patrocinem planos de
previdência complementar fechados para todos os trabalhadores, com o objetivo
de garantir a complementação de aposentadoria e pensão por morte e invalidez.
Vários bancos já são patrocinadores de fundos para os seus funcionários.
Os
representantes dos banqueiros, no entanto, disseram que esse é um tema para
discussão banco a banco, como acontece com os planos de saúde, não sendo pauta
da Convenção Coletiva.
Calendário
de luta
Agosto
28
– Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
29
– Terceira rodada de negociação específica entre Comando e BB
29
– Terceira rodada de negociação específica entre Comando e Caixa
30
– Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta
da classe trabalhadora
Setembro
3
e 4 - Mobilização em Brasília para pressionar deputados contra PL 4330 na CCJC
da Câmara
5
- Quarta rodada de negociação entre o Comando e a Fenaban
Fonte:
Contraf-CUT
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