quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Ato na Cassi, por que participar !

Ato na Cassi nesta sexta, 17/08, por que participar !

Já enviei mensagem convocando os colegas para participar da manifestação, mas quero fazer algumas ponderações que acho importante para entendermos melhor a gravidade da situação.

De qualquer forma se o colega não ler até o final, peço que vá ao ato, afinal, mais do que um simples aumento na nossa contribuição o que está em jogo é a sobrevivência da Cassi como plano de Auto Gestão, ou seja, com valores razoáveis e cobertura maior do que os planos de mercado.

Todas as mudanças de estatuto apresentam armadilhas na sua redação, que geralmente não são divulgadas ou discutidas na categoria.

Exemplo 2007 - foi suprimido sorrateiramente o artigo 9 do estatuto: “A responsabilidade do déficit da Cassi é de responsabilidade do Banco do Brasil”. Também na época o Banco devia pra Cassi 565 milhões, pelo acordo pagou apenas 300 milhões parcelados. Nada disso chegou ao conhecimento da categoria, que aprovou uma proposta sem ter noção do seu verdadeiro teor.

Na proposta atual a situação é a mesma, tem pontos no acordo altamente prejudiciais aos funcionários que não são divulgados pelo banco em sua campanha de convencimento disfarçada de apresentação da proposta.

O que se propõe é muito maior do que um simples aumento da nossa contribuição, o que por si só já seria um grande motivo para nos mobilizarmos. 

Cobrança por dependente : Teremos um aumento brutal ao longo dos anos, ao atrelar o valor a cobrar por dependente a um percentual fixo do VRD do Cassi família, primeiro penaliza mais quem ganha os menores salários, segundo,  o reajuste  será pelo índice de aumento do mercado, ou seja, o mesmo do Cassi Família, que este ano foi superior a 17%. Ao longo do tempo a nossa contribuição para o plano terá reajuste sempre muito superior ao nosso reajuste salarial.

Limitação do custo em 7,5%: analisando o descompasso entre reajuste salarial e o valor pago a Cassi, fica óbvio que caixas, assistentes, analistas e gerência média logo atingirão o limite da contribuição. Portanto a relação de custeio que já foi  2 por 1,   para a maioria dos funcionários ficará em  4,5% por 7,5%, ou seja, o banco se desonera cada vez mais com o custeio, mas em contrapartida nos propõe aumentar cada vez mais o seu poder de decisão na nossa caixa de assistência.

Aumento da coparticipação: Somos uma categoria com altos índices de adoecimento, o aumento da coparticipação em até 100%, irá nos penalizar quando mais precisamos. Além de pagarmos 7,5% do nosso salário ao adoecermos teremos que arcar com maiores custos e lembrem-se aqui não há contrapartida do banco, ou seja, o banco que nos adoece cada vez mais joga nas nossas costas o custo do tratamento de algo que ele provocou.
Plano de mercado: já no seu artigo primeiro e depois em seu artigo 4, fica claro a intenção de tornar a Cassi um mero  plano de mercado com todas as consequências que conhecemos: aumentos abusivos, diminuição de coberturas, permite a criação de planos diferenciados, ou seja, plano Vip para os altos executivos, plano diferenciado para novos funcionários , enfim, acrescentara mais uma diferenciação entre funcionários.
Fim da Cassi : Com a proposta e a Resolução 23 da CGPAR o nosso plano não mais terá a entrada de novos funcionários, o que a médio prazo vai torna-lo insustentável. Já que com o envelhecimento dos atuais usuários o plano ficará cada vez mais caro. Se essa proposta for aprovada a forma de auto gestão está fadada a deixar de existir e como prevê os artigos 1º e 4} o caminho está aberto para a Cassi se tornar um mero plano de mercado, ou seja, reajustes muito maiores que a nossa remuneração e coberturas cada vez mais enxutas, jogando para o SUS os tratamentos mais caros.

Portanto meus caros(as), lembrem-se  “Jacaré parado vira bolsa”.

Para não virarmos “bolsa”, vamos fazer um pequeno esforço e comparecer massivamente no ato em frente a Cassi a partir das 08 hs do dia 17/08. Funcis de 6 participariam do ato e trabalhariam no período da tarde. Funcionários de 8 hs podem fazer no dia 6 hs e pagar as horas restante futuramente.

Sem mobilização o Banco vai transferir para nossas costas  o déficit e o custo de algo em que ele é o maior responsável, mesmo com o grande descompasso entre os altos lucros bancários e a nossa baixa remuneração.

Compartilhe esse email e todos ao ato no dia 17 !

Nelson Gonçalves da Silva
Delegado sindical
Membro do Conselho de Usuários da Cassi PR
Coletivo Opinião Bancária