terça-feira, 31 de março de 2015

Sai o primeiro boletim da Juliana Donato, mesmo com expressiva votação o BB quer impedir a sua posse

Disponibilizamos o primeiro boletim da Juliana Donato, Conselheira eleita para o Conselho de Administração do BB. 

Mesmo depois de eleita com uma votação expressiva o BB mantém a perseguição e quer impedir a sua posse.

A direção do BB quer mudar o resultado eleitoral do CAREF através de medidas judiciais, após perder a votação. Logo após sua inscrição como candidata, o BB abriu contra Juliana um processo disciplinar, sem qualquer base legal, questionando sua atuação como delegada sindical. Oportunamente, utilizaram este processo para tentar impugnar sua candidatura, mas não conseguiram. Agora, insistem em revogar a liminar concedida pela Justiça que garantiu à Juliana o direito de concorrer. Este mesmo processo “disciplinar” teve como resultado uma punição: 20 dias de suspensão, sem salário.

Certamente, Juliana não é a candidata que a direção do Banco queria que fosse eleita. Mas os funcionários escolheram e a direção do Banco deve aceitar que perdeu. Não existe terceiro turno. Precisamos pressionar a direção do BB para dar posse à representante que elegemos e para revogar a punição de 20 dias de suspensão, pois ela está sendo punida por organizar a luta dos trabalhadores, e lutar não é crime!

A CONTRAF e a CONTEC, que são as duas confederações nacionais do movimento bancário, devem se posicionar publicamente, assim como o candidato Rafael Matos, que precisa negar-se a assumir o cargo caso Juliana seja proibida de fazê-lo.

Muitos sindicatos já estão enviando moções ao Presidente do BB exigindo a revogação da punição e a garantia da posse de Juliana. 
Os colegas que quiserem ajudar nesta campanha podem postar fotos de apoio no Facebook. Produzam seus cartazes e publiquem com as hashtags:

#‎LutaréDireito       
#‎JulianaNoConselhoJá.


Já elegemos Juliana. Agora, nossa próxima tarefa é garantir sua posse. Entre nessa campanha!



quinta-feira, 19 de março de 2015

Pela imediata retirada da punição absurda do Banco do Brasil contra a Juliana Donato!

Nota da juliana

Hoje, depois de mais de 60 dias de licença saúde, resultado de muito assédio moral, e logo após ser eleita, com mais de 27.000 votos, com o representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB, voltei a trabalhar. Mas, antes mesmo que eu desse entrada no ponto, fui chamada na mesa da gerente, que me comunicou que eu estava suspensa por 20 dias, como punição decorrente do inquérito disciplinar que estava respondendo.
O inquérito não aponta sequer uma falha em serviço. TODAS, absolutamente TODAS as acusações, têm diretamente a ver com minha atuação como delegada sindical. Estou sendo punida por denunciar um processo de reestruturação da área internacional que prejudicou muitos colegas, e por organizar nossa mobilização contra mais este ataque. Eu não fui a única a denunciar. Mas estou sendo punida para servir de exemplo aos demais. Por isso, a punição é inaceitável. Aceitá-la significaria admitir que estamos proibidos de lutar. E isso não faremos nunca!
A liberdade de expressão e de organização sindical foi conquistada a duras penas, com muita luta dos trabalhadores, e é nosso dever preservá-las, resistindo a estes ataques. Não podemos aceitar este ataque por parte da direção de uma empresa pública, controlada por um governo do Partido dos Trabalhadores, que foi parte desta luta por democracia no país. Dilma e a direção do BB têm que rever imediatamente esta punição aos que lutam!
O BB já tentou impedir que eu concorresse às eleições do CAREF. Através de uma medida judicial, eu consegui garantir o direito a concorrer. Depois de uma vitória inquestionável, eles foram obrigados a homologar o resultado. Mas ainda é preciso garantir a posse. Eles têm medo, não exatamente de mim, mas do que eu represento: a maioria dos funcionários do BB, que não aguentam mais tanta exploração e repressão.
Lutar contra esta punição e garantir a minha posse é tarefa de todos nós. Precisamos dos Sindicatos e da CONTRAF/CUT na primeira linha desta batalha, divulgando este ataque amplamente, exigindo do banco e do governo a retirada da punição e a garantia de minha posse como representante.

Recorrerei administrativamente e, se preciso, juridicamente, mas precisarei também do apoio de vocês. Estou confiante, pois, apesar disso, meu dia começou muito bem. Antes da suspensão, vieram os sorrisos, os abraços, os parabéns, a empolgação, a felicidade de muitos que vieram me cumprimentar assim que me viram. Essa vitória e essa felicidade eles não tirarão de nós. É exatamente daí que vou tirar forças pra mais essa batalha.

Votação da PL 4330, o emprego em risco

Nelson Gonçalves da Silva

O presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), em reunião ocorrida na última quinta-feira, 11, com representantes das confederações patronais da indústria, das instituições financeiras, da agricultura e pecuária, dos transportes, da saúde e das cooperativas, marcou a votação do PL 4330 para o próximo dia 7 de abril, logo após o feriadão da Semana Santa.

O texto que irá a votação será o substitutivo do deputado Artur Maia (SD-BA), que libera a terceirização para todas as atividades das empresas, incluindo as atividades principais e permanentes, das áreas rurais e urbanas, empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias e fundacionais. O texto mantém a responsabilidade subsidiária entre contratantes e contratadas e diz explicitamente que salários, direitos e benefícios serão diferenciados em função do enquadramento sindical.

Durante a reunião com Eduardo Cunha também foi orientado às entidades patronais buscar dialogar com os líderes partidários, a fim de construir os consensos, porque o projeto irá a votação de qualquer maneira no dia 7 de abril. Participaram representantes das confederações nacionais da Indústria (CNI), das Instituições Financeiras (CNF), da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do Transporte (CNT), da Saúde (CNS), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Mobilização já!

Diante desse quadro gravíssimo, é preciso retomar as mobilizações. É importante que a classe trabalhadora, juntamente com os sindicatos, organize atos, visitas aos parlamentares nos estados, vigílias, envio de correspondências cobrando o compromisso de cada parlamentar e divulgando o seu posicionamento, como os trabalhadores fizeram na batalha de 2013, onde conseguimos  a  suspensão do trâmite do projeto. Caso o PL 4330/2004 seja aprovado no plenário da Câmara, seguirá para o Senado, onde existe projeto idêntico (PLS 087), de autoria do então senador e hoje ministro da Indústria, Armando Monteiro.
Através da falácia da busca pelo aumento da produtividade,  eficiência operacional e da tão propalada competitividade global este novo e contundente ataque aos direitos trabalhistas se dá em nome da terceirização.  Dessa forma, redução de salários, ampliação de jornada, intensificação do ritmo de trabalho e más condições, sob as quais o trabalho é desenvolvido, serão regulamentados e implementados causando assim franca precarização na  relação do trabalho assalariado com o  capital.

O projeto de Lei no. 4330/2004 do deputado e empresário do setor de alimentos, Sandro Mabel (PMDB-GO), autoriza a terceirização de qualquer função nas empresas. Na mesma direção, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprecia o recurso da fabricante de celulose Cenibra condenada em todas as instâncias por terceirizar trabalhadores em suas atividades-fim. Esta  ofensiva patronal sobre os direitos trabalhistas se dá em um momento de fortalecimento da direita em nosso país e pressiona ainda mais um governo que já vem implementando uma política de ajuste fiscal e de austeridade. O Projeto de Lei no. 4330/2004, o recurso da Cenibra ao STF, buscam implementar medidas que atacam os direitos dos trabalhadores. Afim de ampliar as margens de lucro do setor empresarial,   o governo e demais organizações patronais partem claramente para uma investida, que, se implementada,  significará um dos maiores ataques e retrocesso do movimento operário da história recente brasileira.

Diante desse quadro só resta a classe operária a mobilização em defesa de seus direitos, conquistados ao longo de décadas de lutas e repressão. Nem a velha direita, nem nos calar diante do atual governo que nos ataca. É hora de construir um campo de resistência, à esquerda, independente e classista.


Coletivo Opinião Bancária

segunda-feira, 9 de março de 2015

Os bancários venceram: Juliana Donato é eleita para o CAREF

Por Juliana Donato

A categoria bancária teve uma grande vitória no dia de hoje. A minha eleição como representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB, com 27.196 votos, 6.631 a mais que o candidato a reeleição, Rafael Matos, é uma vitoria de todos que defendem representações independentes do governo e da direção do Banco para lutar ao lado dos funcionários.

Este resultado seria impossível sem os inúmeros apoiadores, que conversaram com seu colega de trabalho, compartilharam nossas publicações nas rede sociais ou distribuíram meu panfleto nos locais de trabalho. Sem vocês, não conseguiríamos vencer a máquina do sindicalismo atrelado ao governo federal.

Por isso, essa é uma vitória de todos nós, assim como este mandato, que pertence ao conjunto dos funcionários do BB.

É uma primeira vitória, mas teremos uma luta longa pela frente. O governo de Dilma, do PT, que se elegeu criticando a política neoliberal do PSDB, nem bem foi eleito, já começou os ataques contra nós, trabalhadores. O que teria sido feito por Aécio, caso tivesse sido eleito, está sendo feito por Dilma. No BB, não será diferente. Os ataques que já sofremos, virão ainda com mais força. Precisamos resistir. E, para isso, podemos contar apenas com nossas próprias forças. Somente os trabalhadores organizados podem vencer os ataques. Por isso, ao mesmo tempo em que reafirmo meu compromisso, de estar ao lado dos funcionários, enfrentando o governo e a direção do Banco sempre que for necessário, reafirmo também a necessidade de que, todos juntos, nos organizemos para lutar.

Reafirmo também meu compromisso de ter um mandato com mecanismos de comunicação permanente com os funcionários. Quero ter uma estreita relação com os delegados sindicais, que são os representantes nos locais de trabalho. Por isso, peço desde já, que os delegados sindicais enviem seus dados para o meu e-mail pessoal (julianacls@yahoo.com.br). Curtam também minha pagina no facebook, para que possamos enviar informações com agilidade para todos. Vamos solicitar a todos os sindicatos, inclusive aqueles que não tenham apoiado minha candidatura, que disponibilizem um espaço em seus sites e jornais para possamos divulgar informações do que acontece no Conselho de Administração. Os sindicatos são patrimônios da categoria bancaria e devem estar a serviço de sua luta.

Por fim, é muito importante que continuemos construindo cada vez mais entidades independentes do governo e do banco. Aos bancários do Rio de Janeiro, peço seu voto e apoio na campanha da "Chapa 2 - Oposição Unificada para Mudar” e, aos bancários do Espírito Santo, peço seu voto para a ”Chapa 1 Sindicato é para lutar”.

Agradeço também o apoio de algumas entidades à minha campanha, como os Sindicatos do Maranhão, Rio Grande do Norte, Bauru, Espírito Santo, Santa Cruz, Santa Maria, Passo Fundo, Vitória da Conquista e da AEBA, a Associação dos Funcionários do Banco da Amazônia.


E, com muito orgulho e felicidade, dedico esta vitória ao nosso companheiro Dirceu Travesso, o Didi, que dedicou sua vida às lutas dos trabalhadores, foi, e ainda é, uma grande expressão do sindicalismo independente do governo no movimento bancário. Didi, sem você nada disso seria possível!!!!

domingo, 1 de março de 2015

Eleições do CAREF, de 02/03 a 06/03/15, vote em quem realmente defende os interesses dos Bancários:

Vote: Juliana Publio Donato F6001870

Uma bancária independente do governo e da direção do BB.

O que esta em jogo é muito mais que a eleição do nosso representante no Conselho de Administração do BB,  pode ser o início da rebeldia da nossa base em relação as posturas das nossas direções sindicais. Podemos retomar  a partir dessa disputa  um movimento pela base que busque resgatar as ações coletivas e classistas, que signifique a nossa recusa em sermos mera massa de manobra de uma direção burocratizada e distante dos interesses da categoria.

Por isso mais do que o seu voto, pedimos que os colegas disseminem em seus locais de trabalho a importância do voto na Juliana Donato. A foto que anexo abaixo exemplifica muito bem a diferença entre as duas candidaturas. O momento registrado na assembleia de São Paulo em 2014 em que a proposta defendida pela direção sindical, entre eles Rafael Matos, de aceitação do acordo rebaixado negociado durante um fim de semana pelo Comando Nacional e Fenaban, venceu apenas por 19 votos. De um lado o Rafael  traindo a categoria, defendendo o acordo rebaixado, quando podíamos conquistar muito mais. E ao mesmo tempo impedindo a fala da Juliana, escondendo o microfone para evitar que a Juliana se dirigisse a assembleia denunciando a manobra traidora da Contraf CUT. Esta imagem é emblemática e posiciona bem as duas candidaturas.



Se vc não conhece a Juliana Donato ( candidata ao Caref BB ), segue aí um vídeo com a defesa da Tese da Oposição/CSP Conlutas no Congresso Nacional dos Funcionários do BB em 2013.

Assista o vídeo:

Apoio: Coletivo Opinião Bancária