quinta-feira, 8 de outubro de 2015

SITE DA JULIANA DONATO CAREF : BANCÁRIOS FAZEM GREVE EM TODO O PAÍS E BANQUEIROS E GOVERNO SE CALAM


É hora de ampliar a mobilização e colocar o governo Dilma e os banqueiros contra a parede!


Desde terça-feira (6), os bancários estão em greve em todo o país contra a proposta indecente dos banqueiros e do governo Dilma. O setor, que mesmo diante da crise econômica continua sendo o mais lucrativo do país, ofereceu míseros 5,5% de reajuste. Querem que paguemos a conta de uma crise que sequer existe no setor que trabalhamos. E mais uma prova de que os bancos não estão em crise é a informação, divulgada no primeiro dia da greve dos bancários, de que as instituições listadas na BM&FBovespa – detentoras de mais de 60% dos ativos do sistema financeiro brasileiro – preveem aumentar a remuneração fixa de seus diretores executivos, em 2015, em até 81%.


A proposta de 5,5% para os bancários não é só dos banqueiros, é também do Governo Federal que, junto com a FENABAN, compõe a mesa única de negociação. Ao invés de ajustar o lucro dos bancos, Dilma quer impor mais ajuste aos trabalhadores, como se já não bastassem os ataques que temos sofrido junto com o restante de nossa classe desde o início do ano.

E o pior é que todos os ataques promovidos pelo governo e o Congresso Nacional têm como objetivo garantir o superávit primário para pagar os juros da dívida pública, que já consome quase 50% de tudo que é arrecadado no país e cujos principais credores são os banqueiros e grandes investidores. Ou seja, com a ajuda do Governo Federal, os banqueiros lucram com a crise e, também de mãos dadas, tripudiam sobre os bancários, oferecendo um reajuste que não chega sequer perto da inflação e negando-se a atender nossas demais reivindicações.

GREVE NACIONAL COMEÇA MAIOR QUE A DE 2014

A greve começou com uma adesão superior à dos anos anteriores. Em São Paulo, o sindicato dos bancários informou que, no primeiro dia de greve, pararam 38 mil bancários, mais do que o dobro do primeiro dia da greve de 2014. Importantes centros administrativos, envolvendo setores estratégicos como câmbio, tecnologia da informação e centrais de atendimento ao cliente foram paralisados. Foram 18 centros administrativos parados no primeiro dia na base de São Paulo e 35 em todo o país, além das milhares de agências bancárias. Já no segundo dia, conforme informe do sindicato foram 50 mil trabalhadores,  em 616 locais de São Paulo, Osasco e região, sendo 593 agências e 23 centros administrativos.

Mas, para aumentar a participação dos bancários, precisamos de democracia. Neste sentido, não pode acontecer como em São Paulo, onde vamos ter um prazo de sete dias para ter uma nova assembleia.

A assembleia não pode ser um fórum que sirva somente para referendar o calendário do comando nacional de greve. O próprio comando precisa ter os membros eleitos na assembleia. Quem precisa comandar a greve é o próprio bancário.

POLÍTICA DA CONTRAF-CUT É BLINDAR O GOVERNO

Diante da proposta tão insignificante deste ano, esperava-se ao menos alguma palavra da CONTRAF-CUT acerca do papel do governo Dilma, já que a campanha é unificada com os bancos públicos e os lucros tanto desses, como dos privados, estão nas alturas. No entanto, se limitam a apontar, no máximo, a política de cortes e ajustes do ministro da Fazenda Joaquim Levy. É verdade que esse senhor foi indicado por Dilma, mesmo sendo um representante direto dos banqueiros, conhecido pelo arrocho salarial imposto aos servidores, médicos e professores no Rio de Janeiro quando Secretário da Fazenda do governo Sérgio Cabral. Mas, ele faz parte do governo e aplica a política econômica com o aval da presidenta. O governo Dilma é responsável pela imposição que é feita aos trabalhadores para que paguem a conta da crise. Mesmo assim, a CONTRAF-CUT evita qualquer tipo de confronto com este governo e não é à toa que adiou o quanto pôde o início da greve, evitando a unificação com a greve dos Correios e do INSS.

UNIFICAR A GREVE COM PETROLEIROS

Hoje é possível construir uma greve unificada entre os petroleiros e bancários. A proposta de reajuste salarial feita pela Petrobras de 5,75% é muito semelhante à da FENABAN. Por isso, concordamos com a afirmação feita pelo Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista: “Basta de prejuízos para o trabalhador! Neste momento em que a patronal e os governos tentam despejar a conta da crise em nossas costas, devemos unir forças por uma mobilização geral”.

O calendário de mobilização, paralisações e atos feito pela Federação Nacional dos Petroleiros vai neste sentido. Agora, falta somente a FUP romper com seu imobilismo e chamar também seus sindicatos à unificação. A construção da greve unificada destas categorias pode ser um passo importante,  rumo à construção da greve geral no país.





Acompanhe os andamentos desta campanha salarial através do site da nossa representante  no CAREF:    http://julianacaref.com.br/




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