quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A PRIVATIZAÇÃO DO BB ESTÁ EM CURSO

Após a escandalosa privatização do campo de Libra do pré-sal, cuja exploração foi transferida para empresas estrangeiras, o governo federal anuncia mais um avanço da privatização do Banco do Brasil com o aumento para 30% do limite de participação estrangeira no banco.

Lula e Dilma, durante suas campanhas eleitorais, diziam que o PT no poder defenderia as empresas públicas. Que o BB, a Caixa e a Petrobras não seriam privatizadas nos seus governos. Que este risco existia apenas com a vitória do PSDB nas urnas. Dilma afirmou ainda que privatizar o pré-sal seria um crime e que ele era nosso passaporte para o futuro. Mas a realidade nos mostra a cada dia que o verdadeiro compromisso dos governos do PT é com o capital privado e não com os trabalhadores.

Em 2002, no final do governo FHC, a participação de capital estrangeiro no BB era de 0,9% e a quantidade de ações negociadas em bolsa não alcançava os 7%. Em 2006, o governo Lula aumentou para 12,5% o limite para a participação estrangeira no banco e, em 2009, para 20%. Em julho de 2010, último ano do governo Lula, o total das ações negociadas em bolsa passou dos 30% e a participação de estrangeiros no BB saltou para 16,2% da composição acionária. A participação da União obviamente caiu bastante, de 72% em 2002 para 58% em 2013. Agora, Dilma, através de decreto presidencial, aumenta para 30% o limite da participação estrangeira no BB. A ampliação de capital privado e estrangeiro dentro do banco e a redução da participação da União não tem outro nome: é PRIVATIZAÇÃO!

O governo declarou ser do seu interesse a mudança para 30%. O vice-presidente de gestão financeira e de relações com investidores do banco, Ivan Monteiro, disse que a medida estava em estudo a seis meses e que busca “dar mais liquidez às ações da instituição e, assim, assegurar ganhos aos acionistas diante de mudanças previstas para 2014 no índice Bovespa”. Nesta sexta-feira, o mesmo dia da publicação do decreto presidencial, foi divulgada, na intranet do BB, uma declaração de Dilma aos funcionários do banco na qual dizia ser ele “uma empresa de mercado com alma de pública". 
É isso que fazem os governos do PT: colocam a estrutura pública a serviço dos ganhos privados!

As consequências desta medida serão o aprofundamento de uma gestão privada dentro do BB, que visa os lucros recordes a qualquer custo.
Para nós, funcionários, significará imediatamente o aumento da pressão por resultados e, com ela, as metas sem limites, o assédio moral, as reestruturações, a piora das condições de trabalho e um violento adoecimento. Enfrentaremos, certamente, a tentativa de ataques futuros aos nossos direitos e um endurecimento ainda maior nas negociações salariais com o banco. Sofreremos ainda com o aumento da terceirização, que hoje já nos tira postos de trabalho e transfere o serviço para trabalhadores com menores salários, sem direitos e condições de trabalho ainda mais precárias que as nossas. Veremos ainda a expansão dos correspondentes bancários e o aprofundamento dos contratos com empresas terceirizadas que oferecem o menor preço e praticam todo o tipo de ilegalidade, dando calote nos trabalhadores, como vemos acontecer de forma sistemática com vigilantes, telefonistas e trabalhadores da limpeza, sem qualquer compromisso do banco.


Os representantes dos trabalhadores não podem se calar diante deste ataque

No site do Sindicato dos Bancários do Rio e da Contraf/CUT, é muito comum constarem artigos elogiando o governo federal e sua política econômica. Mas é necessário ser coerente com a função de representante dos interesses dos trabalhadores. A culpa pelas mazelas que vivemos no BB não é apenas da direção da empresa, mas sobretudo do governo que determina o papel do banco dentro de sua política econômica e a quem está submetida aquela direção. A alteração do capital do BB faz do governo Dilma  o principal responsável pelas práticas antissindicais e pela gestão baseada no assédio moral, que hoje adoece e mata os funcionários. Exigimos que a Contraf/CUT denuncie este grave ataque e tenha uma atuação verdadeiramente independente do governo!


Uma resposta às ameaças da DIREF: Quem descumpre acordos é o BB

Em mais uma tentativa de nos intimidar, o Banco divulgou uma mensagem ameaçando, sob o ponto de vista disciplinar, aqueles que se recusarem a compensar as horas da greve. O BB foi responsável por um impasse nas negociações durante a greve, pois era o único banco que insistia na compensação total das horas, em 180 dias. Derrotado naquela discussão, agora o BB tenta de todas as formas impor o medo e um sentimento de derrota aos grevistas, jogando todo o funcionalismo contra a greve, este instrumento de luta, legal e legítimo, dos trabalhadores.

A direção do Banco orientou os gestores a pressionar os funcionários para que eles compensem as horas e a “renegociar” as ausências, como férias e abonos. No ano passado, diante de toda a pressão feita pelo banco e da desmarcação das férias dos funcionários, o Ministério Público do Trabalho (MPT) acolheu denúncia contra o BB por prática antissindical.

Vejamos a cláusula da Convenção da FENABAN deste ano, que regulamenta a compensação de horas da greve.
"Os dias não trabalhados entre 19 de novembro de 2013 e 14 de outubro de 2013, por motivo de paralisação, não serão descontados e serão compensados, com prestação de jornada de trabalho limitada 1 (uma) hora diária , no período compreendido entre a data de assinatura desta Convenção Coletiva de Trabalho até 15 de dezembro de 2013, e, por consequência, não será considerada como jornada extraordinária, na forma da lei.”

O acordo tem exatamente a mesma redação do ano anterior, avançando para o limite máximo de compensação de uma hora diária e não duas. O acordo não estabelece nenhum percentual mínimo de compensação, apenas o máximo, nem qualquer punição ao funcionário que não realize a compensação. Consta, sim, que em 15 de dezembro a compensação estará encerrada.

O que todos sabemos, mas o BB não fala, é que nenhuma compensação é justa pois a greve só foi deflagrada e se estendeu devido à intransigência do governo e dos banqueiros nas negociações.
Ele não fala também que quem descumpre acordos coletivos é a direção da empresa, que descomissiona por ato de gestão tendo assinado um acordo onde consta uma cláusula que exige três avaliações ruins na GDP para ocorrer o descomissionamento. Que, pelo segundo ano seguido, não concede aos seus funcionários o reajuste do piso salarial que consta no acordo da Fenaban assinado também pelo BB. Que incentiva a prática do assédio moral pelos seus gestores ao mesmo tempo que diz combatê-lo.

Estamos de olho! Não assine nenhum cronograma de reposição das horas de greve
Não admita a desmarcação de suas férias

Denuncie qualquer assédio e intimidação feitos pelo gestor

domingo, 20 de outubro de 2013

Exército já ocupa frente de hotel onde ocorrerá leilão do pré-sal

20/10/2013 - 11h51

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - As tropas do Exército já estão posicionadas em frente ao Hotel Windsor Barra, no Posto 4 da Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, onde nesta segunda-feira, a partir das 14h, ocorrerá o primeiro leilão de Libra, do pré-sal da Bacia de Santos, atendendo às novas regras do modelo de partilha.

Os militares ocupam a entrada do hotel desde a meia-noite de hoje (20), equipados com escudos e armas não letais. A tropa está preparada para agir em casos de manifestações, que estão sendo convocadas pelos petroleiros em greve e pelos movimentos sociais que apoiam a paralisação, contrários ao leilão da camada do pré-sal. Os petroleiros estão parados, por tempo indeterminado, desde quinta-feira (17).

Os black blocs, grupos que se vestem de negro e usam máscaras contra gás, presentes em todas as manifestações, estão convocando pelas redes sociais para um ato unificado amanhã, a partir das 10h, na praia da Barra da Tijuca, entre a Ponte Lúcio Costa e a Praça do Ó. O texto diz que o ato unificado é "Um milhão contra o leilão, a opressão e pela educação". Os black blocs também estão marcando uma concentração, às 17h, na Candelária, para um ato ao longo da Avenida Rio Branco, com término na Cinelândia.

A segurança na região da Barra da Tijuca, onde ocorrerá o leilão, será feita pelo Exército, com o reforço da Marinha, da Força Nacional e da Polícia Militar. O patrulhamento ostensivo começou na madrugada de hoje (20), na faixa do litoral e nas vias do entorno do Hotel Windsor. A área de atuação das forças de segurança está delimitada pelas avenidas Lúcio Costa, Érico Verissímo, Armando Lombardi, Afonso Arinos de Melo Franco e o Canal de Marapendi.
 
O efetivo total empregado na operação é formado por cerca de 1.100 homens, entre militares e policiais federais e estaduais, policiais civis, guardas municipais e funcionários públicos. Em nota, o Comando Militar do Leste (CML) pede aos motoristas que evitem a região entre hoje e amanhã, por causa de retenções no tráfego nas vias próximas ao hotel.

De acordo com o assessor de imprensa do CLM, coronel Roberto Itamar, "as coisas estão acontecendo progressivamente", com o efetivo total a ser empregado até o início da manhã desta segunda-feira.

O comando das operações está a cargo do general Lundgren, coordenador do Centro de Operações do Comando Militar do Leste e pelo general Nolasco, comandante da 9ª Brigada de Infantaria Motorizada, sediada no Rio de Janeiro.

Edição: Graça Adjuto


Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil

sábado, 19 de outubro de 2013

1 Milhão contra leilão do Pré-Sal

Todos contra o Leilão do Pré- Sal   #  Contra a Opressão  #   Pela Educação

Segunda       21 de Outubro de 2013 

10 Hs    -   Barra da Tijuca (Hotel Windsor)

17 Hs   -   Candelária



Nas jornadas de junho, a população brasileira tomou as ruas do Brasil para lutar contra o aumento das tarifas dos transportes públicos e por direitos sociais. O despertar de muitos, assustou os governantes. Essa luta segue firme com a greve dos profissionais da educação e a defesa da educação pública que vem arrastando milhares no Rio de Janeiro. E nessa segunda-feira, 21 de outubro, essa história terá mais um importante capítulo: barrar o criminoso leilão do pré-sal brasileiro. 

A presidenta Dilma Rousseff contraria suas promessas de campanhas e promove a maior privatização do patrimônio público do país com a entrega do pré-sal para multinacionais estrangeiras. Nem os escândalos de espionagem dos EUA fizeram o Governo Federal recuar.

O leilão do campo de Libra acontecerá nesta segunda-feira (21), no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca. Os movimentos sociais farão uma manifestação em frente ao hotel na mesma data, a partir das 10h. O objetivo é barrar a privatização do pré-sal e exigir que todos os recursos do petróleo sejam destinados para educação, saúde, moradia, energias limpas. Não queremos apenas os 15% referentes aos royalties, queremos que todo o dinheiro do petróleo esteja à serviço do povo brasileiro. 

O Sindipetro-RJ disponibilizará transporte saindo do Centro do Rio de Janeiro para facilitar o deslocamento dos manifestantes. Os ônibus sairão a partir das 7h da manhã da Av. República do Paraguai, que fica entre o edifício sede da Petrobrás, o BNDES e a Catedral do Rio de Janeiro. 

Todo Petróleo Tem que Ser Nosso!

Em 1995, com a lei que quebrou o monopólio estatal e instituiu a privatização do petróleo brasileiro, FHC chamou o Exército para ocupar as refinarias e calar a voz dos petroleiros. Em 2013, Dilma Rousseff convoca as Forças Armadas para garantir o leilão de Libra. A Presidência da República se volta contra o povo e abdica da soberania nacional para garantir os interesses das grandes corporações empresariais. Leiloar Libra, o maior campo de petróleo do Brasil, uma riqueza estimada em 1,5 trilhão de dólares, é trair trabalhadores, estudantes, aposentados e jovens. 

Brasileiras e brasileiros, no dia 21 de outubro, vamos manifestar nossa indignação. Vá para as ruas com a Bandeira do Brasil, vista-se de preto, coloque fitas pretas nos carros e panos pretos nas janelas, em sinal de luto pelo Brasil.

 Não ao leilão de Libra


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Conheçam a canção MUITO BRASILEIRA da dupla mineira, radicada em Curitiba: Zezé Chagas & Simões



Letra e música belíssima


MUITO BRASILEIRA
Sim, eu sou mulher brasileira,
E o sangue latino
Acende meu corpo
Nem é preciso contar
É só ver meu olhar
E as expressões do rosto

Sim, eu sou mulher,
E ser mulher, desde Adão,
Requer sinônimos
Eva, Pandora, Helena,
Maria, Madalena, Cleópatras
Utópicas do gozo

Por eu ser mulher
Me querem doce e eu, às vezes,
Sou como se fosse
Se a vida não é fácil
Sei jogar meu laço
E quando enlaço, adeus moço!

Por eu ter este jeito
Me chamam de fronteira,
Garimpeira, guerrilheira...
Eu sou sim, não nego...
Muito brasileira!


JOAQUIM SIMÕES RIBEIRO

Privatização do banco Banestado completa 13 anos, benefícios para os paranaenses ficaram no discurso

Neste dia 17 de outubro, a privatização do Banestado (Banco do Estado do Paraná) completa 13 anos. Engolido pela política de favorecimento aos grandes tubarões do sistema financeiro nacional, encaminhada durante o governo neoliberal de FHC, o banco público paranaense foi levado a leilão e arrematado por apenas R$ 1,6 bilhão pelo Itaú.

O argumento usado na época pelo então governador do Estado, Jaime Lerner, para a venda era de que o Banestado estava quebrado, de que era utilizado para a realização de operações de empréstimos irregulares e de que com a privatização o atendimento à população paranaense seria melhorado. Este mesmo destino tiveram o Banespa, Banerj, Bemge e diversos outros bancos públicos estaduais, quase todos comprados a preços módicos pelos bancos Itaú e Bradesco.

Nesta transação, o banco Itaú levou a parte “boa” do banco, formada pela rede de agências, carteira de clientes, imóveis, R$ 1,6 bilhão de créditos tributários e o direito de operar as contas do Estado por cinco anos. Além disso, ficou com 21% das ações da Copel, dadas pelo governo Lerner como garantia pela compra de títulos “podres” de Osasco, Guarulhos e dos Estados de Alagoas, Santa Catarina e de Pernambuco.

O processo de ”saneamento” feito pelo governo do Estado iniciado em 1997 resultou numa dívida de R$ 5,6 bilhões junto ao Banco Central. O governo do Paraná ficou ainda com R$ 1,5 bilhão de créditos irrealizáveis. No início deste processo foram cortados cerca de 8300 empregos diretos no Banestado, atingindo bancários, pessoal da limpeza, copa, vigilantes, fornecedores e outros.

Desmonte da rede

Após ter assumido o controle do então banco público paranaense, por volta de 2001 o banco Itaú desencadeou uma onda de fechamento de dezenas de agências em municípios de pequeno porte no interior do Paraná, consideradas deficitárias.

Ao mesmo tempo, o banco demitiu milhares de funcionários, jogando o discurso feito por Jaime Lerner de que a privatização traria benefícios aos paranaenses. Atualmente, o banco Itaú Unibanco mantém várias agências nas pequenas cidades funcionando com apenas um funcionário, sem portas de segurança e com estrutura precária, muitas delas ainda utilizando mobiliário da época do Banestado.

Na ânsia de elevar ainda mais seus lucros já exorbitantes, o banco Itaú Unibanco segue em frente com o enxugamento de seu quadro no Estado. Segundo levantamento feito pelos Sindicatos filiados à FETEC-CUT-PR, entre janeiro de 2010 a outubro de 2012 o banco promoveu 704 demissões de bancárias e bancárias no Paraná. E as demissões continuaram nestes últimos 12 meses!

Assim, no aniversário de 13 anos de privatização do Banestado não há nada o que se comemorar, muito pelo contrário.

Por Armando Duarte Jr.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.vidabancaria.com.br


 P. S.: notícia dos 12 anos da privatização do banco Banestado atualizada 1 ano depois.

MPT cobra multa de R$ 6,4 bi de bancos por terceirização de funcionários

17/10/2013 às 13:30
Reuters


O MPT (Ministério Público do Trabalho) abriu ação contra os seis maiores bancos do país pelo que julga terceirização ilegal na contratação de correspondentes bancários e pede indenização de R$ 6,4 bilhões.

As instituições financeiras acusadas pelo MPT são Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e HSBC, além do Banco Central e os Correios.

O MPT também pede anulação da contratação do serviço e o reconhecimento dos dos trabalhadores como bancários, que incorreria em pagamento de diferenças salariais, auxílio-refeição e horas extras, e reconhecimento da jornada de trabalho de seis horas. A multa por descumprimento é de R$ 10 milhões por dia, segundo o MPT.

O valor da indenização pedido é equivalente a 10% do lucro das instituições em 2012 que corresponde a R$ 1,23 bilhão para o Banco Central, R$ 1,4 bilhão para o Itaú e R$ 1,22 bilhão para o Banco do Brasil.

Para a Caixa, o valor pedido é de R$ 610 milhões, além de R$ 1,13 bilhão para o Bradesco, R$ 630 milhões para o Santander, R$ 130 milhões para o HSBC e R$ 52 milhões para os Correios.

Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os correspondentes bancários constituem uma inovação financeira que, por diminuir a necessidade de escala na oferta de serviços financeiros, facilita e amplia o acesso da população a esses serviços, principalmente em áreas distantes e carentes.

A Federação acrescentou que o trabalho dos correspondentes não limitou o crescimento do número de agências. A participação deste tipo de serviço no total de transações bancárias no Brasil representa 4% e tem se mantido neste nível desde 2008.


"O objetivo dos Correios é levar serviços bancários básicos à população brasileira, proporcionando inclusão financeira e social, com atenção especial às pessoas de baixa renda", diz nota da empresa.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Moção de Repúdio ao Comando Nacional dos Bancários


MAIS UM PASSO PARA A ISONOMIA NO BB

Projeto de lei que trata da equidade de direitos entre bancários é aprovado na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados. A ANABB, na qualidade de representante do funcionalismo do BB, acompanha a tramitação do projeto no Congresso Nacional

Por Ariane Povoa

Ana Beatriz de Oliveira, assessora de Tecnologia da Informação (TI) do Banco do Brasil, ingressou na instituição no início de 2001. Ela faz parte do segmento denominado “pós-98” e aguarda o retorno de muitos benefícios perdidos pela categoria.

“Ter entrado no BB sabendo que havia situação discriminatória em relação aos antigos funcionários trouxe certo desconforto e sentimento de injustiça. Há anos tentamos contornar essas desigualdades por meio de greves e convenções anuais. A aprovação do Projeto de Lei (PL) da Isonomia nos devolverá esses direitos e trará mais tranquilidade aos pós-98”, afirma a bancária.

No início do mês de julho, Ana Beatriz assim como os demais funcionários pós-98 do Banco do Brasil tiveram importante conquista: o PL nº 6.259/2005 (PL da Isonomia) foi aprovado por unanimidade na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), da Câmara dos Deputados.

Criado em 2005 pelos então deputados Daniel Almeida (PCdoB/BA) e Inácio Arruda (PCdoB/CE), o projeto dispõe sobre isonomia salarial, benefícios e vantagens dos empregados do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, da Casa da Moeda do Brasil, do Banco do Nordeste e do Banco da Amazônia.

Caso o PL da Isonomia se torne lei, os empregados terão equidade de direitos referentes a tabela de vencimento-padrão, licença-prêmio, abono, Programa de Assistência Social (PAS), remunerações diversas, férias de 35 dias após 20 anos de trabalho, além de outras vantagens, sem necessidade de convenções coletivas anuais para tratar desses temas.

O projeto tramita em regime ordinário e conclusivo e segue agora para a Comissão de Finanças e Tributação (CFT), para análise de mérito e adequação financeira e orçamentária, e para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), para análise de constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Será encaminhado ainda ao Senado Federal, que, aprovando o projeto sem alterações, o enviará para sanção do presidente da República, a fim de que se torne lei.

Em relação ao impacto financeiro nas folhas de pagamento das instituições financeiras públicas federais, a ANABB realizará estudo técnico para verificar a real influência nos orçamentos. Análises semelhantes apresentaram que o impacto será da ordem de 0,5% a 1,5%, dependendo das estruturas internas de remuneração. É importante ressaltar que a isonomia pretendida não é retroativa e tem efeitos a partir de quando a lei entrar em vigor, ou seja, com a sanção presidencial.


“Independentemente do resultado da pesquisa e do valor real que vai impactar no orçamento, a ANABB tem a convicção de que qualquer desigualdade de direitos deve ser revista. O Banco do Brasil deve buscar sempre a equidade no quadro funcional”, afirma o presidente da ANABB, Emílio Rodrigues.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Os bancários têm uma tarefa fundamental: mudar o roteiro das últimas campanhas salariais!

Os bancários têm uma tarefa fundamental: comparecer às assembleias em todo o país para dizer um sonoro não à proposta rebaixada da Fenaban! Neste ano, podemos e devemos mudar o roteiro das últimas campanhas salariais!
Querem derrotar o nosso movimento impondo a compensação dos dias de greve. Neste ano, a Fenaban conseguiu piorar a proposta: compensação integral em 180 dias!

Não podemos aceitar nenhuma proposta que inclua a compensação!

Os bancos usam a compensação para punir os grevistas e jogar os bancários contra este instrumento legítimo de luta dos trabalhadores. Por isso exigimos o abono total dos dias de greve!
A proposta de 8% de aumento está muito aquém do que os bancos têm condições de pagar e também aquém do que podemos conquistar. Mas, ainda mais importante que o índice são as propostas específicas do BB e da CEF, que ainda não foram apresentadas. Queremos respostas concretas do BB para questões como:

*Jornada de 6 horas sem redução salarial;
* Fim da terceirização na área meio;
* Reajuste no piso, que no ano passado foi inferior ao da Fenaban;
* Fim das metas individuais como critério de avaliação na GDP;
* Fim da lateralidade e a volta das substituições*
*Incorporação das comissões aos salários após 10 anos;
*Fim dos descomissionamentos e demissões por ato de gestão;
*Nos PSO's, a extinção do conceito de caixa lider, nomeação de todos os caixas substitutos e aumento de 30% da dotação (Gemod e Caiex) do PSO nas SOP

Você pode achar que não, mas você faz diferença! Chamamos todos os grevistas a comparecer às assembleias para dizer um sonoro não às propostas rebaixadas. Não fizemos 22 dias de greve por 2%. Podemos conquistar mais! A greve não é do Comando Nacional! A greve é dos bancários!


terça-feira, 8 de outubro de 2013

Agora é para valer, fazer diferente e avançar na GREVE

Por conta de uma futura crise, a partir de 2012 os bancos implantam uma política agressiva contra o funcionalismo. Os privados via sobrecarga de trabalho, demissões e aumento da rotatividade. Nos públicos,principalmente no BB, via reestruturações que acabam desestruturando á  vida de vários colegas e prepararam vários setores do banco para uma futura terceirização.

No fim de janeiro foi implantado unilateralmente o plano de cargos e funções, que de imediato representou a perda salarial do havíamos conquistado em uma década. E a longo prazo trará maiores perdas em nossas carreiras. Junto com o plano de cargos e funções reativaram as famigeradas CCVs, uma forma “malandra” de diminuir o passivo trabalhista nas costas do  trabalhadores. E o que falar da Gedip, onde o funcionário dividi os riscos do negócio com o banqueiro, com certeza esta deve ser uma medida que não tem amparo legal e cabe a nós pressionar nossas direções sindicais a acabar com este absurdo.

Diante do quadro atual, em que os bancos em nome da busca pelo “índice de eficiência” ou do “mais por menos”, tão decantados pelos novos executivos  pagos a peso de ouro para implanta-las, só nos resta a reação. E de que armas dispomos ? Nossa consciência e disposição de luta, precisamos fazer desta uma GREVE forte. Precisamos deixar claro que não voltaremos ao trabalho sem:

*Aumento decente, de acordo com os altos lucros dos bancos,

*Piso do Diese;

*Fim da Gedip;

*Isonomia salarial e de direitos;

*Plano de cargos e salários;

*Volta das substituições;

*BB 100% estatatal;

*Abono dos dias parados,

*Reversão para falta greve e restituição dos valores descontados por conta da paralisação do dia 30/08.

Outra questão importante nesta campanha, precisamos tirar o governo de trás da Fenaban. Nós sabemos que quem nomeia a diretoria do BB e CEF é o governo, quem traça as políticas gerais e cobra resultados é o governo e o ministério da Fazenda. Nós somos funcionários concursados do Banco do Brasil, não somos funcionários da Fenaban. Portanto o governo não pode terceirizar a Fenaban a definição do índice de reajuste que teremos.

Um governo que eleito com o voto dos trabalhadores, hoje nos dá as costas, muito mais preocupado com a campanha eleitoral de 2014. Mais preocupado em agradar os grandes financiadores de campanha, como empreiteiros e banqueiros, agradar a grande mídia do que atender as demandas da classe trabalhadora.

Por 11 anos a Contraf CUT fez malabarismos para manter o governo atrás do escudo da Fenaban, mas agora é a hora. Como diz na musica do Vandré “Quem sabe faz a fora, não espera acontecer.” Vamos fazer desta uma campanha salarial diferente e cobrar do governo uma posição, afinal de que lado eles estão ao lado do patrão ou ao lado do bancário, do trabalhador.

Como avançar na GREVE:

Nosso movimento tem que crescer a partir da adesão dos colegas que estão trabalhando  nas contingências, shopings e prédios comerciais. O trabalho agora é de convencimento, vamos contatar aqueles com que temos maior intimidade e fazê-los entender que numa greve forte não existe a possibilidade de retaliação já que é grande o número de funcis a que aderiram a greve.

Também não podemos aceitar pressão dos gestores, nestes casos denuncie ao sindicato, isto é prática ilegal, anti-sindical. Para finalizar, vamos fortalecer nosso movimento a partir do convencimento dos nossos colegas que ainda não aderiram a greve. Telefone, mande um email, um recado no face. Agora é prá valer.



segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Assembleia rejeita proposta rebaixada da Fenaban

Assembleia rejeita proposta rebaixada da Fenaban e reafirma o fortalecimento do movimento grevista. Mas devemos avançar mais, temos que exigir que a Contraf CUT cobre uma posição do governo federal, que é o maior patrão individual do sistema financeiro.
Precisamos reiterar desde já o recado para os representantes do Comando Nacional de que a nossa luta contra a ganância da Fenaban é pra valer, “não é apenas pelos 20 centavos”
Da mesma forma, as negociações com a CEF e BB tem que ser pra valer, e não apenas uma rápida reunião logo após a Fenaban (como nos últimos anos) para terminar a GREVE de toda a categoria, protegendo os bancos e o governo federal de uma greve de verdade.

Precisamos reorganizar uma militância bancária que acredita na luta e busca o novo, mas resgatando  a política classista das nossas organizações.


Todos à Assembleia para rejeitar a proposta! Hoje 07/10 ás 17:00 horas na sede da Piquiri

Não foi por apenas por 0,20 centavos e não será por apenas 0,97%

Depois mais de 15 dias de greve os banqueiros tem a cara de pau de aumentar o índice de reajuste da categoria somente em 1%, o que no piso significa um aumento de 1,4%. O “aumento real” seria de 0,97%. Um bancário que recebe o piso da categoria passaria receber R$ 1632,93 ao invés dos R$ 1519,00, isto significaria que ele teria um acréscimo da fabulosa quantia de R$ 3,80 por dia trabalhado. Nas refeições ele teria o acréscimo de R$ 1,52 por dia e o auxilio refeição diário passaria de R$ 21,46 para R$ 22,98. Enquanto isso, os principais bancos do país lucraram R$ 29,6 bilhões.
A greve só pode acabar se as principais reivindicações da categoria forem atendidas. Por isso continuamos afirmando que essa greve não pode acabar sem:

* aumento decente;
* piso do DIEESE;
* isonomia de direitos;
* jornada de seis horas sem redução salarial;
*sem o BB voltar atrás da terceirização da área meio;
*sem o abono dos dias parados;



Nesta segunda vamos todos a assembleia, às 17 horas, na Piquri para rejeitar a proposta dos banqueiros e continuar a greve. Você pode achar que não, mas sua presença faz toda a diferença!

Fortalecer e Ampliar a Greve

Aos colegas que já aderiram a greve, sua presença é importante hoje na assembleia, sabemos de antemão que os gestores e gerentes estarão  lá em peso para aprovarem a proposta de 7,1%.

Aos colegas que não aderiram, peço que reavaliem o seu posicionamento. Temos condições de fortalecer a greve e com certeza os  patrões tem condições de melhorar sua proposta. Mas para isso temos que aumentar a mobilização e fazer neste ano uma greve diferente dos anos anteriores. Você que está trabalhando nas contingências, faça sua adesão a partir desta terça, não vá trabalhar. O Banco não pode te retaliar ou te pressionar de qualquer forma. Sua participação é importante, fazendo analogia com uma partida de futebol, seria um jogo de seis pontos. Você deixaria de ser mais um do lado do patrão e engrossaria as nossas fileiras.

Carta aberta de bancário(a) pra bancário: Por um NOVO RUMO para o movimento bancário


STF decide que governos não podem descontar dias parados de funcionários grevistas

Decisão do Supremo foi ainda em março deste ano. Logo, são totalmente ilegais as ações dos governadores Jaques Wagner/PT e Wilson Martins/PSB, que descontaram dias de greve de professores na Bahia e Piauí, respectivamente

Da Redação

Embora tivessem conhecimento que desde março último o Supremo Tribunal Federal decidiu que governos não podem descontar dias de greve de servidores públicos, os atuais governadores da Bahia (Jaques Wagner/PT) e Piauí (Wilson Martins/PSB) retaliaram movimentos paredistas nesses estados e descontaram crimonosamente salários de docentes. O curioso é que o principal motivo das greves nesses dois estados é a exigência do cumprimento da Lei Federal 11.738/2008, que trata do Piso Nacional do Magistério. Tanto num lugar como no outro, o corte de salários trouxe sérios problemas de sobrevivência aos professores. "Esse Wilson Martins não passa de um descarado e ladrão", declarou uma professora que não quis se identificar e que teve descontos de R$ 379,00 de uma remuneração líquida de R$ 711,00.

Leia íntegra da matéria do STF:

Desconto em vencimentos por dias parados em razão de greve tem repercussão geral

(significa que todas as cortes devem adotar, mesmos que discordem)

O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do Plenário Virtual, reconheceu a existência de repercussão geral em matéria discutida no Agravo de Instrumento (AI) 853275, no qual se discute a possibilidade do desconto nos vencimentos dos servidores públicos dos dias não trabalhados em virtude de greve. Relatado pelo ministro Dias Toffoli, o recurso foi interposto pela Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) contra decisão da 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que declarou a ilegalidade do desconto.

Para o TJ-RJ, o desconto do salário do trabalhador grevista representa a negação do próprio direito de greve, na medida em que retira dos servidores seus meios de subsistência. Além disso, segundo o acórdão (decisão colegiada), não há norma legal autorizando o desconto na folha de pagamento do funcionalismo, tendo em vista que até hoje não foi editada uma lei de greve específica para o setor público.

De acordo com o ministro Dias Toffoli (foto), a discussão acerca da efetiva implementação do direito de greve no serviço público, com suas consequências para a continuidade da prestação do serviço e o desconto dos dias parados, é tema de índole eminentemente constitucional, pois diz respeito à correta interpretação da norma do artigo 37, inciso VII (Art. 37, VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998), da Constituição Federal.

O ministro reconheceu que a discussão pode se repetir em inúmeros processos, envolvendo interesses de milhares de servidores públicos civis e da própria Administração Pública, circunstância que recomenda uma tomada de posição definitiva do Supremo sobre o tema.
“A questão posta apresenta densidade constitucional e extrapola os interesses subjetivos das partes, sendo relevante para todas as categorias de servidores públicos civis existentes no país, notadamente em razão dos inúmeros movimentos grevistas que anualmente ocorrem no âmbito dessas categorias e que fatalmente dão ensejo ao ajuizamento de ações judiciais”, afirmou o ministro Dias Toffoli.

No caso em questão, servidores da Faetec que aderiram à greve, realizada entre os dias 14 de março e 9 de maio de 2006, impetraram mandado de segurança com o objetivo de obter uma ordem judicial que impedisse o desconto dos dias não trabalhados. Em primeiro grau, o pedido foi rejeitado. Porém, a 16ª Câmara Cível do TJ-RJ reformou a sentença, invocando os princípios do devido processo legal e da dignidade da pessoa humana.

O entendimento do TJ-RJ foi o de que, não havendo lei específica acerca de greve no setor público, não se pode falar em corte ou suspensão de pagamento de salários dos servidores por falta de amparo no ordenamento jurídico. “Na ponderação entre a ausência de norma regulamentadora e os princípios do devido processo legal e da dignidade da pessoa humana, devem prevalecer estes últimos”, diz o acórdão.

Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=203377




Ler mais: http://www.deverdeclasse.org/news/stf-decide-que-governos-evitem-descontar-dias-parados-de-funcionarios-grevistas/

domingo, 6 de outubro de 2013

Não foi por apenas por 0,20 centavos e não será por apenas 0,97%. Todos à Assembleia para rejeitar a proposta!


Depois mais de 15 dias de greve os banqueiros tem a cara de pau de aumentar o índice de reajuste da categoria somente em 1%, o que no piso significa um aumento de 1,4%. O “aumento real” seria de 0,97%. Um bancário que recebe o piso da categoria passaria receber R$ 1632,93 ao invés dos R$ 1519,00, isto significaria que ele teria um acréscimo da fabulosa quantia de R$ 3,80 por dia trabalhado. Nas refeições ele teria o acréscimo de R$ 1,52 por dia e o auxilio refeição diário passaria de R$ 21,46 para R$ 22,98. Enquanto isso, os principais bancos do país lucraram R$ 29,6 bilhões.
A greve bancária que chega na terceira semana e vem demonstrando sua força com um índice superior de paralisação do que no último ano. A radicalidade tem se demonstrado em piquetaços que fecham completamente os prédios, onde nem o primeiro gestor ou terceirizados entram para trabalhar. Foi assim nos prédios do BB da Super, Complexo São João, Verbo Divino, Libero Badaró, GEPES e COMPE. Na Verbo, nem os carros fortes conseguiram pegar ou entregar dinheiro no dia. Na CEF o prédio da Sé, REROP e Brás tiveram atividades que fecharam os prédios. Na ultima sexta foi a vez do Bradesco Santa Cecília, onde trabalham mais de 2000 bancários. Nesse dia nem terceirizados, administradores ou funcionários entram no prédio. O Bradesco, demonstrando que o problema não é dinheiro, utilizou helicópteros para colocar alguns gerentes dentro do prédio. 
A greve só pode acabar se as principais reivindicações da categoria forem atendidas. Por isso continuamos afirmando que essa greve não pode acabar sem um aumento descente, sem o piso do DIEESE, isonomia de direitos, jornada de seis horas sem redução salarial, sem o abono dos dias parados e sem o BB voltar atrás da terceirização da área meio. Na segunda vamos todos a assembleia, às 17 horas, na quadra para rejeitar a proposta dos banqueiros e continuar a greve. Você pode achar que não, mas sua presença faz toda a diferença! 

Fortalecer e Ampliar a Greve

No sentido de forçar o governo e banqueiros a atender as nossas principais demandas, é necessário inviabilizar os funcionamento dos departamentos centrais dos principais bancos do país e ampliar a paralisação da rede de agências. Para isso devemos acabar com a prática que permite gestores e terceirizados entrarem nas unidades em greve. Em vários lugares existem listas de contingencias e em alguns deles chega ao absurdo: no prédio do BB da XV de novembro, por exemplo, a metade do prédio esta na lista de contingencia! No Bradesco Santa Cecília havia um acordo entre diretoria do banco e sindicato de que mais de 60 bancários entrariam para trabalhar, além dos terceirizados. Esta situação permite que os bancos continuem operando durante a greve. A postura da diretoria do sindicato precisa mudar. Nenhum bancário ou terceirizado trabalhando dentro dos locais em greve! Também precisamos ampliar o numero de dependências paradas em São Paulo, pois em relação ao quadro nacional um dos menores percentuais de paralisação é o de São Paulo.

Governo Dilma não pode se esconder na mesa única da FENABAN

Dois dos cinco bancos que compõem a mesa da FENABAN são controlados pelo governo federal. Além disso, toda a regulamentação do sistema financeiro é feita pelo governo federal. Nesse sentido, Dilma tem uma grande responsabilidade: pode resolver a greve pressionando a FENABAN a atender as reivindicações dos bancários. No caso do BB e CEF precisa fazer com que os bancos atendam a nossa pauta especifica, além de mandar parar imediatamente com as práticas antissindicais do BB e CEF. Os dois bancos tem recorrido aos interditos para tentar cercear o direito a greve. No caso do BB, até os diretores e delegados sindicais então proibidos de conversar com os colegas nas contingencias, onde vários colegas foram levados de forma ilegal para trabalhar durante a greve. Exigimos que o BB e a CEF deem um basta a suas práticas antissindicais.

Oposição Bancária SP/MNOB/CSP-CONLUTAS

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Desaforo! Banqueiros oferecem 7,1% de reajuste

Desaforo! Banqueiros oferecem 7,1% de reajuste nos salários e demais verbas. Nova proposta prevê também reajuste de 7,5% no piso e aumento de 10% na parte fixa e no teto da parcela adicional da PLR.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região/CSP-Conlutas, a proposta é um tapa na cara dos trabalhadores que estão de braços cruzados há 16 dias. Assim, defendemos a continuidade da greve, que já é a maior dos últimos 20 anos.


A assembleia para deliberar sobre a nova proposta acontece segunda-feira no fim da tarde. Antes disso, A GREVE CONTINUA! Mais detalhes, em breve.

in Sindicato dos Bancários de Bauru e Região/CSP-Conlutas

TST reconhece que bancos públicos não podem demitir sem justa causa

Qui, 03 de Outubro de 2013

Os trabalhadores conquistaram mais uma vitória contra a postura autoritária dos bancos públicos de demitirem sem justa causa, com o reconhecimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de que as empresas públicas e as sociedades de economia mista só podem dispensar um trabalhador mediante motivação do ato. O julgamento ocorreu no último dia 18 de setembro, seguindo o mesmo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF).
O TST se baseou na decisão do STF, acerca do recurso extraordinário 589.998, que obriga a motivação nas dispensas de empregados das estatais, durante o julgamento de ação movida por um trabalhador da Cobra Tecnologia, subsidiária do Banco do Brasil.

A decisão garante a reintegração do empregado e o pagamento de horas extraordinárias. O TST destaca que há a necessidade de a empresa pública motivar o ato de dispensa de seus funcionários.

“O Sindicato já havia publicado uma nota técnica explicando o teor do acórdão do STF, pois o Banco do Brasil editou boletim ameaçador afirmando que a decisão não lhe era aplicável, querendo se esquivar de cumprir a decisão da Corte, que vincula todas as empresas públicas e sociedades de economia mista, numa clara tentativa de afronta ao poder judiciário. Ora, se o entendimento foi aplicado à Cobra Tecnologia, empresa subsidiária do BB, o que dirá ao próprio banco”, destaca Wescly Queiroz, secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato.

A decisão da nulidade da demissão foi unânime entre os ministros da 7ª Turma do TST, que afirmaram em um trecho da decisão que a “existência de motivação objetiva coibir a ocorrência de abusos, a perpetração de arbitrariedades ou a concessão de privilégios por parte do empregador público, possibilitando um maior controle dos critérios de demissão por parte do interessado e por toda a sociedade”.

Thaís Rohrer

Do Seeb Brasília

Liminar obriga BB a parar de constranger direito de greve

JUIZ DETERMINA MULTA DIÁRIA PARA CADA FUNCIONÁRIO ATINGIDO POR MEDIDAS PRATICADAS PELO BANCO DO BRASIL PARA COIBIR O DIREITO DE GREVE


O Banco do Brasil está proibido de continuar praticando ações que “impeçam o livre exercício do direito de greve”. É o que determina a liminar concedida hoje, 03 de outubro, por um juiz da 4ª Vara do Trabalho de Curitiba, após o ajuizamento de uma ação do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. A decisão impede que os administradores do banco realizem qualquer ação “que vise a constranger os trabalhadores a participarem das manifestações promovidas pelo sindicato ou de aderirem à greve, especialmente a sugestão de demissões”.

A decisão ocorre um dia após o banco convocar funcionários a comparecerem na porta das suas unidades, junto com advogados da Ajure, representantes da Superintendência e cartorários, para causar conflitos com o Sindicato e forçar a abertura das agências. “A estratégia do banco, no entanto, foi desastrosa. Os funcionários se recusaram a fazer parte da armação e foram embora. Mas, a ação do banco serviu para escancarar uma conduta ilegal que visava atacar a greve”, afirma André Machado, funcionário do BB e diretor do Sindicato.

Banco do Brasil convoca funcionários e ataca direito de greve.

A partir de agora, segundo a liminar, todo procedimento dos administradores do BB que tiverem a finalidade de impedir ou constranger o direito de greve implicarão em multa diária a empresa, para cada trabalhador atingido.

O que os administradores não podem fazer durante a greve:

1) Ligar, enviar torpedos ou e-mails para o funcionário para persuadi-lo ou convocá-lo ao trabalho;

2) Advertir sobre prejuízos na sequência da carreira em decorrência da greve;

3) Realizar “reuniões” nos dias de greve;

4) Ameaçar de demissão, isolamento, descomissionamento, processos disciplinares ou qualquer outra medida para constranger o trabalhador.

Bancário, se você presenciar ou for alvo de alguma destas ações, denuncie!



SEEB Curitiba

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Mudança de local: Assembleia de quinta será no Espaço Cultural

Assembleia de quinta será no Espaço Cultural


Devido a previsão de chuva forte para a tarde desta quinta-feira, 03 de outubro, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região alterou o local da assembleia informativa para o Espaço Cultural e Esportivo, na Rua Piquiri, 380. Horário: 17h00


Banqueiros choram. Porém, lucros aumentam e economia vai bem


02/10/2013 às 10:15
SEEB Santos

Nesta terça-feira, 01/10, a categoria bancária chega ao 13º dia de greve nacional e os bancos ignoram os trabalhadores e a população. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), intransigente, não negocia e continua calada. Os banqueiros oferecem 6,1% de reajuste, um índice abaixo da inflação do período, sem aumento da PLR.

Os representantes dos banqueiros se atrevem a dar entrevistas de que os lucros não subiram tanto. Enquanto os números desmentem a versão dos patrões. O lucro líquido do setor atingiu o patamar de R$ 59,7 bilhões nos últimos 12 meses até junho de 2013. Este ano, o resultado promete ser melhor ainda, já que o lucro líquido dos seis maiores bancos (BB, Caixa, Itaú, Bradesco, Santander e HSBC) atingiu R$ 29,6 bilhões, com crescimento de 18,2% (primeiro semestre de 2013 em relação ao mesmo período de 2012).

Lucros aumentam com crise ou sem crise

Nem a crise internacional é pretexto: em setembro de 2008, auge dos problemas, o total de ativos de 156 bancos que entregaram balanços ao Banco Central do Brasil era de R$ 3,006 trilhões. Em junho deste ano, os ativos de 140 bancos – 16 desapareceram por conta das fusões no setor – alcançaram R$ 5,705 trilhões, salto de 89%. Assim, os ativos dos bancos no Brasil, que chegava a 100% do Produto Interno Bruto passou, em cinco anos, para 126% do PIB do país (levantamento da consultoria Austin Rating).

A economia brasileira também vai bem, principalmente se comparada ao mundo em crise: crescimento do Produto Interno Bruto de 1,5% no segundo trimestre do ano (um dos maiores do mundo), desemprego em queda – 6,1%, o menor da história – e avanço de 5,8% no rendimento médio dos trabalhadores (dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Pnad 2012, do IBGE).

Justiça manda fechar agências do Bradesco

O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região obteve uma importante vitória judicial nesta quarta-feira, 02 de outubro, 14º dia de greve dos bancários. Foi concedida uma liminar em mandado de segurança que derruba a decisão judicial anteriormente concedida ao banco Bradesco.

A partir de agora, o interdito proibitório concedido ao Bradesco, que previa multa diária de R$ 50 mil por agência não tem mais validade. O relator da decisão do mandado de segurança considerou que as provas apresentadas para a concessão do interdito (fotos de faixas e de grevistas e clientes em frente às agências) "não expõem qualquer conduta fora dos limites do movimento paredista. Mostram, apenas, algumas pessoas agrupadas de forma pacífica, sequer sendo possível identificar tratar-se de clientes ou empregados, além de faixas e cartazes indicando a paralisação".  O juízo considerou, ainda, que não foram relatados abusos, coações ou violência.

“Esta é mais uma vitória dos trabalhadores frente às práticas antissindicais do Bradesco, que utilizou vários meios para desmobilizar a categoria. A Justiça está entendendo que a greve deste ano é por adesão e muito forte!”, comemora Otávio Dias, presidente do Sindicato. O mandado de segurança foi impetrado pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e é válido para as cidades de Curitiba, Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Quatro Barras e Tunas do Paraná.

Por: Paula Padilha

SEEB Curitiba