sábado, 21 de outubro de 2017

CARTA ABERTA AO SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA

Nós delegados sindicais e ativistas da categoria bancária de Curitiba e Região Metropolitana entendendo a gravidade dos ataques que a classe trabalhadora vem sofrendo, exigimos que o sindicato dos bancários de Curitiba  incorpore o calendário de lutas dos  sindicatos que compõem a campanha “Brasil Metalúrgico”. Em reunião dirigentes dos principais sindicatos de metalúrgicos do país, ligados às várias centrais sindicais, como CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, CTB e Intersindical, lançaram a  proposta de realização de um novo dia nacional de mobilização unificado, com o caráter ainda ser definido, no dia 10 de novembro, véspera da entrada em vigor da Reforma Trabalhista.
Na reunião foi discutido que os eixos seguem sendo a luta para impedir a implantação da Reforma Trabalhista, da lei da terceirização irrestrita e a Reforma da Previdência, mas também incorporou-se a luta contra as privatizações, a defesa do emprego de qualidade para todos e a apoio à luta dos servidores públicos.

A classe trabalhadora já mostrou a sua capacidade de luta, vivemos um ascenso no primeiro semestre deste ano, tivemos um 08 de março massivo, uma das maiores greves gerais da nossa história em 28 de abril, onde cruzaram os braços mais de 35 milhões de trabalhadores e um “Ocupa Brasília” em 24 de Maio que levou a capital federal 200 mil manifestantes. Isso só foi possível porque tivemos unidade na ação, todas as centrais de trabalhadores participaram efetivamente na organização e mobilização destes atos.

 Após esse ascenso da luta operária, que colocou o governo nas cordas, tivemos um recuo nas manifestações, notadamente a   partir da  Greve Geral marcada para 30 de junho. Centrais, como a Força sindical, passaram a negociar com o governo e abandonaram a luta. A CUT não jogou peso no dia 30, mais preocupada com o projeto Lula 2018. A partir desse momento tivemos um claro refluxo, não conseguindo esboçar a resistência que apresentamos até o mês de maio.  O governo retomou a ofensiva contra os trabalhadores, o que exige uma postura das direções do movimento que tenha o objetivo de organizar uma ampla e unificada resistência.

Preparar um 10 de novembro massivo e representativo se reveste de tarefa primordial para que possamos derrotar as contra  reformas deste governo e congresso corruptos. Devemos fortalecer essa data com o objetivo de recompor a unidade entre as centrais e os movimentos sociais, rumo à construção de uma nova greve geral no país. As centrais sindicais majoritárias têm uma responsabilidade muito importante nesse momento decisivo da luta de classes e qualquer recuo no enfrentamento poderá nos custar muito caro. Precisamos urgentemente retomar a ofensiva nas ruas.

Exigimos que o sindicato dos bancários de Curitiba e Região:

·   Mobilize suas bases e incorpore o dia 10 de novembro no calendário de lutas da entidade;

·   Exija da CUT PR a convocação de reunião extraordinária com as demais centrais sindicais do estado para organizar e mobilizar para o dia 10 de novembro;

Assinam:


Delegados do BB Estação: Nelson Gonçalves da Silva,  Valber  Chacon, Cleber Alexandre de Farias, Adriano José, Victor Ancay, Rodney, Pedro Henrique Parreira, Janete Marcondes, Anne Caroline, Fernanda Zardo.Ativistas do BB Estação: Lucas Gomes,  André Ricardo Gomes Lazzareschi, Evelyn Caroline Mielniczki Pereira Fonseca, Thais Fernanda Valente, Fábio Eduardo Graef.Delegados do BB Palladium : André Santos Meneghini, Cinara Tonatto, Robson Berto, João Souza. Outros: Fabricio Matheus (Delegado Gecor), Peterson Rose Pereira (Delegado CABB).


domingo, 5 de fevereiro de 2017

Pela construção de uma chapa de oposição

Colega Bancári@


Nos dias 25 a 27/04/2017 acontecem as eleições para a direção do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana. Nós do Coletivo Opinião Bancária, iremos lançar uma chapa de oposição e contamos com seu apoio para, juntos, mudar os rumos de nosso sindicato. 

Nós, bancári@s, como os demais trabalhador@s brasileiros, vivemos momentos de intensos ataques como há  muito não sofríamos. A retirada de direitos  busca garantir os lucros dos grandes empresários no atual cenário de crise econômica.  A inflação corrói nosso já pequeno poder de compra. O assédio moral é cada vez mais intenso. E o setor financeiro , brindado com o aumento progressivo da taxa básica de juros e com a liberdade tarifária, mesmo com os altos lucros, já demitiu milhares de nós, desde o início do ano.

Diante desse quadro, percebemos a falta de vontade política da direção majoritária do movimento em apontar uma resposta forte o suficiente para inverter a dinâmica destes ataques.

Mesmo com toda a agitação e denúncia da gravidade que representam  a reforma trabalhista, previdência e a terceirização ilimitada, os grandes Sindicatos de bancários, se restringiram a realizar pequenas paralisações nos dias nacionais de luta, sem a convocação de assembleia e, portanto, sem envolvimento da categoria.

Construir uma alternativa de luta ! Defender nossos interesses frente aos banqueiros!


Precisamos mudar diametralmente esse rumo. A atual conjuntura exige que tenhamos uma postura mais ofensiva, sem covardia. Chamamos todos companheiros(as) que estão descontentes com os rumos das últimas campanhas salariais para uma atuação comum. E a construção de uma chapa de oposição independente de partidos governos e patrões. Uma alternativa de luta coerente e classista.


Coletivo Oposição Bancária de Curitiba