quarta-feira, 25 de junho de 2014

Ex-empregado do Itaú Unibanco recebe R$ 122 mil por 7ª e 8ª horas

Fonte: SEEB-Bauru

Admitido como escriturário pelo Itaú em setembro de 1974, este bancário exerceu, posteriormente, as funções de caixa, chefe de serviço e, por fim, chefe de controle de negócio, na qual ficou durante 15 anos, até ser demitido sem justa causa, em novembro de 2009.

Na função de chefe de controle de negócio, sempre teve o horário controlado, nunca teve subordinados e nem procuração para agir em nome do banco. Apesar disso, sua jornada de trabalho era de oito horas diárias, com intervalo de uma hora para alimentação e descanso.

Para que um bancário tenha jornada superior a seis horas, ele precisa ter um cargo de chefia, o que significa, na prática, ter subordinados e autonomia para agir em nome do banco.

Diante da irregularidade, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região/CSP-Conlutas acionou a Justiça pedindo o pagamento das horas trabalhadas além da sexta hora.

O juiz Paulo de Almeida Prado Bauer, da 1ª Vara do Trabalho de Bauru, concordou com as alegações do Sindicato e condenou o banco a pagar as horas extras.


Pelos cálculos do Sindicato, o banco teria de pagar ao ex-empregado pouco mais de R$ 135 mil, correspondentes às horas extras e mais os reflexos sobre férias (com o abono de 1/3), 13o salários e depósitos do FGTS, além dos juros de mora. O Itaú, no entanto, pediu uma audiência antes da execução da sentença e ofereceu um acordo no valor de R$ 122 mil líquidos. O trabalhador aceitou a proposta para encerrar o processo.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Independência em relação a direção do BB e ao Governo

MNOB/CSP-Conlutas

Nos dias 06, 07 e 08 de junho, aconteceu o 25° Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil. A Oposição participou com seus delegados, propondo que tivéssemos um pauta diferente dos últimos anos para nossa campanha salarial. Acreditamos que a nova situação do país, aberta com as manifestações de junho de 2013, elevaram o patamar das possibilidades de conquistas para os trabalhadores. Muitas categorias entenderam isso: o caso mais expressivo foi o dos garis do Rio de Janeiro, que conquistaram 37% de reajuste.

Nas diversas mesas (Organização do Movimento, Saúde , Sistema Financeiro nacional e remuneração) a Oposição ensejou o debate aberto e claro em busca de uma pauta de reivindicações diferenciada para o conjunto da classe. No entanto, a Articulação Bancária, corrente a que pertencem a grande maioria dos diretores do Sindicato de São Paulo, tentou enviesar a nossa campanha salarial com a aprovação de apoio à reeleição da Presidente Dilma. Assim, enquanto estávamos preocupados em organizar a luta dos bancários para enfrentar o governo, eles se preocupavam em repetir à exaustão como os governos do PT foram bons para os bancários.

Nós acreditamos que os governos do PSDB foram terríveis para os bancários. Mas, infelizmente, durante os 3 mandatos de governos do PT, não só não reconquistamos aquilo que perdemos sob FHC, como sofremos ainda mais ataques, como o Plano de Funções, que transformou nossa principal reivindicação – a jornada de 6 horas sem redução salarial – em um ataque contra nós. Por isso, não podemos compactuar com esta decisão.Entendemos que votar o apoio à Dilma no Congresso significaria atrelar nossa campanha salarial a reeleição do governo do PT.

Nós, da Oposição, sempre fizemos questão de afirmar que, para lutar pelas nossas reivindicações, precisamos ter independência em relação à direção do BB e ao governo. Com esta votação, a direção do movimento bancário só comprova que não está à altura desta tarefa. Eles são parte do governo.

Por isso a Oposição retirou-se do Congresso, negando-se a participar desta votação. Queremos construir, junto com todos os funcionários do BB uma campanha salarial diferente, que nos traga conquistas superiores às que tivemos nos últimos anos. As eleições presidenciais devem ser, para nós, motivo para conquistarmos ainda mais, e não o contrário, como quer a Articulação Bancária. Os bancários devem tomar a campanha salarial em suas mãos, atropelando todos os obstáculos que se colocarem em seu caminho, até mesmo a direção do Sindicato., se for necessário.

A seguir,o link da defesa apresentada no congresso e o blog da Oposição Bancária de SP. Companheiros da Intersindical e CSP - Conlutas defendendo o não atrelamento da campanha salarial dos funcionários do BB à eleição de outubro.

https://www.youtube.com/watch?v=laPXfsDuSbY

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Oposição Bancária de SP/MNOB/CSP-CONLUTAS