quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Executivos de bancos de investimento recebem até R$ 3 milhões por ano
Delegado sindical do Cesup Patrimônio Curitiba, Banco do Brasil S.A.
Membro do Coletivo Opinião Bancária
Por que a Suécia está revendo a privatização do ensino
– 19 DE DEZEMBRO DE 2013
Escolas introduziram publicidade maciça, pressão sobre professores e estímulo permanente à competição. Resultados lastimáveis estão levando defensores da “novidade” a pedir desculpas públicas
Quando uma das maiores empresas privadas de educação faliu, alguns meses atrás, deixou 11 mil alunos a ver navios e fez com que o governo da Suécia repensasse a reforma neoliberal da educação, feita nos moldes da privataria com o Estado financiando a entrega dos serviços públicos aos oligopólios capitalistas e assim causando graves prejuízos para os trabalhadores e a população.
No país de crescimento mais acelerado da desigualdade econômica entre todos os membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os aspectos básicos do mercado escolar desregulamentado estão agora sendo reconsiderados, levantando interrogações sobre o envolvimento do setor privado em outras áreas, como a de saúde.
Duas décadas após o início de seu experimento de “livre” mercado na educação, cerca de 25% dos alunos do ensino médio da Suécia frequentam agora escolas financiadas com recursos públicos, mas administradas pela iniciativa privada. Essa proporção é quase o dobro da média mundial. Quase metade desses alunos estudam em escolas parcial ou totalmente controladas por empresas de “private equity”, que compram participações em outras empresas.
Na expectativa das eleições do ano que vem, políticos de todos os matizes estão questionando o papel dessas empresas, acusadas de privilegiar o lucro em detrimento da educação, com práticas como deixar alunos decidirem quando aprenderam o suficiente para passar e não manter registro de notas.
O oposicionista Partido Verde – que, a exemplo dos moderados, apoia há muito as escolas de gestão privada, mas que agora defende um recuo – divulgou um pedido público de desculpas num jornal sueco no mês passado sob o título “Perdoe-nos, nossa política desencaminhou nossas escolas”.
No início da década de 1990, os pais recebiam vales do Estado para pagar a escola de sua preferência. A existência de escolas privadas foi autorizada pela primeira vez, e elas podiam até ter fim lucrativo.
O Reino Unido absorveu muitos aspectos desse sistema, embora não tenha chegado a permitir que escolas custeadas com dinheiro público visassem lucro. Empresas de educação suecas alcançaram países tão distantes como a Índia.
A falência, neste ano, da JB Education, controlada pela empresa dinamarquesa de “private equity” Axcel, foi o maior, mas não o único, caso do setor educacional sueco.
O fechamento da JB custou o emprego de quase mil pessoas e deixou mais de 1 bilhão de coroas suecas (US$ 150 milhões) em dívidas. Os alunos de suas escolas ficaram abandonados.
Uma em cada quatro escolas de ensino médio é deficitária e, desde 2008, o risco de insolvência subiu 188% e é 25% superior à média das empresas suecas, disse a consultoria UC. “São poucos os setores que exibem cifras tão ruins como essas”, disse a UC. Parte do problema resulta da distribuição etária da população, com os números totais das escolas secundárias sofrendo queda significativa desde 2008 e pouca probabilidade de voltar ao antigo nível por uma geração ou mais.
A permissividade do ambiente regulatório também contribuiu. A Suécia substituiu um dos sistemas escolares mais rigidamente regulamentados do mundo por um dos mais desregulamentados, o que levou a escândalos como um caso de 2011 em que um pedófilo condenado pôde abrir várias escolas de forma absolutamente legal.
“Eu disse muitas vezes que é mais fácil abrir uma escola do que uma barraca de cachorro-quente”, disse Eva-Lis Siren, diretora do sindicato de professores Lärarförbundet, o maior da Suécia.
As escolas privadas introduziram muitas práticas antes exclusivas do mundo corporativo, como bônus por desempenho para funcionários e divulgação de anúncios no sistema de metrô de Estocolmo. Ao mesmo tempo, a concorrência pôs os professores sob pressão para dar notas mais altas e fazer marketing de suas escolas.
No início, disseram que a participação privada na educação se daria por meio de escolas geridas individualmente e em nível local. Poucos vislumbraram que haveria empresas de “private equity” e grandes corporações administrando centenas de unidades. “Era uma coisa que não estava sequer nos sonhos mais delirantes das pessoas”, tenta se justificar Staffan Lundh, responsável por questões escolares no governo do primeiro-ministro na época e que hoje dirige a Skolverket, a agência sueca de escolas.
É tão obvio que envolvimento do setor privado e a queda da qualidade estão diretamente ligados que a Skolverket já começa a “vê indícios” de que as reformas de mercado contribuíram para aprofundar o fosso do desempenho escolar.
O referencial Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, nas iniciais em inglês) da OCDE pinta um quadro sombrio, em que a Suécia ocupa atualmente classificação inferior à da Rússia em matemática.
Vinte e cinco por cento dos garotos de 15 anos não conseguem entender um texto factual básico, disse Anna Ekstrom, diretora da Skolverket. Um estudo da agência divulgado no ano passado mostrou um diferencial crescente entre estudantes, em que um número cada vez maior deles não preenche os requisitos necessários para ingressar no ensino médio.
Uma pesquisa da GP/Sifo realizada neste ano com mil pessoas mostrou que 58% são amplamente favoráveis a proibir a geração de lucro em áreas financiadas com dinheiro público, como a educação.
O ministro da Educação, Jan Bjorklund, de centro-direita, dirigente do segundo maior partido da coalizão de governo, formada por quatro partidos, disse que empresas de “private equity” também deveriam ser vetadas como controladoras de empresas do setor de assistência médica, inclusive de assistência aos idosos.
“Acho que acreditamos cegamente demais na possibilidade de mais escolas privadas garantirem maior qualidade da educação”, disse Tomas Tobé, diretor da comissão de educação do Parlamento e porta-voz de educação do governista Partido Moderado. Como são “ingênuos” os neoliberais…
O fechamento de escolas e a piora dos resultados tiraram o brilho de um modelo de educação admirado e imitado em todo o mundo pelos mesmos privatistas e neoliberais que propagandeiam o mercado capitalista como uma espécie de solução milagrosa para todos problemas da sociedade, quando na verdade é o capitalismo quem gera todos os problemas e desigualdades sociais ao concentar toda a riqueza, poder e oportunidades nas mãos de uma classe dominante privilegiada, as custas da miséria, exploração e exclusão de grande parte da humanidade e do empobrecimento crescente dos povos.
Delegado sindical do Cesup Patrimônio Curitiba, Banco do Brasil S.A.
Membro do Coletivo Opinião Bancária
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Senado: PL da terceirização pode ser votada na quarta-feira (13/11)
11/11/2013
às 14:29
DIAP
Pode ser votado na
Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, na próxima quarta-feira
(13), o PLS 87/10, do ex-senador e atual deputado federal Eduardo Azeredo
(PSDB-MG), que regulamenta a contratação de serviços de terceiros. O projeto
ainda será apreciado pela Comissão de Assuntos Sociais em decisão terminativa.
Tal qual o relatório do
deputado Arthur Maia (PL 4.330/04), a proposta de Azeredo está pronta para
votação no colegiado.
Três curiosidades
chamam atenção em relação a este projeto. A primeira é que a matéria ficou mais
de dois anos sem parecer, tendo como última relatora, a senadora Kátia Abreu
(PMDB-TO). Tanto na Câmara quanto no Senado, o conteúdo converge com as
premissas patronais.
A segunda é que a
matéria será apreciada na CCJ e depois na CAS, em decisão terminativa. Ou seja,
sendo aprovada e não havendo recurso contra a decisão da comissão vai para a
Câmara dos Deputados - Casa revisora.
Quanto a terceira:
observem que não se trata de uma coincidência este parecer igual ao do projeto
na Câmara. Trata-se, pois, de uma articulação da bancada empresarial que fecha
o cerca em torno do tema e dificulta mais ainda uma negociação em bases
razoáveis, do ponto de vista do movimento sindical.
Parecer
O substitutivo nada
muda o texto em discussão na Câmara dos Deputados. Contempla as premissas
apoiadas pelo setor patronal como a terceirização na execução de serviços
inerentes a qualquer atividade da contratante (meio e fim) e a responsabilidade
subsidiária como regra e solidária como exceção.
Delegado sindical do Cesup Patrimônio Curitiba, Banco do Brasil S.A.
Membro do Coletivo Opinião Bancária
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Correção monetária dos saldos do FGTS de 1999 a 2013
Você
trabalhou ou trabalha de carteira (CTPS) assinada entre os anos de 1999 e 2013?
Então este assunto muito lhe interessa! Entenda o porquê
Como
você sabe, todo brasileiro com contrato formal de trabalho, regido pela CLT,
tem direito ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Também tem
direito ao FGTS os trabalhadores rurais, temporários, avulsos, safreiros,
atletas profissionais, ainda o trabalhador doméstico, incluído pela EC 72/2013,
e, eventualmente, o diretor não-empregado.
O
FGTS é regulamentado pela Lei 8.036/90 e trata-se de conta vinculada aberta
pelo empregador junto a Caixa Econômica Federal, onde ele deposita mensalmente
8% do salário pactuado, acrescido de atualização monetária e juros. O montante
acumulado somente pode ser sacado em momentos especiais, previstos na
legislação, por exemplo: como o da aquisição da casa própria ou da
aposentadoria e em situações de dificuldades, que podem ocorrer com a demissão
sem justa causa ou em caso de algumas doenças graves.
Então,
o FGTS corresponde a 8% do seu salário acrescido de atualização monetária e
juros. Isso significa que o FGTS deve ter seu saldo mensal atualizado por duas
taxas: a Tara Referencial (TR), que visa corrigir monetariamente e a taxa de
juros cujo objetivo é remunerar o capital aplicado.
Ocorre
que ao longo desses anos (1999-2013) houve uma deterioração muito significativa
dos valores do FGTS, pois a Taxa Referencial não teve a devida correção
monetária, não acompanhou os demais índices de correção, tampouco compensou a
perda pela inflação.
Ora,
a correção monetária pretende recuperar o poder de compra, é um ajuste feito
periodicamente tendo em base o valor da inflação de um período, objetivando
compensar a perda de valor da moeda. São índices de correção monetária: Índice
Geral de Preços de Mercado (IGPM); Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), etc.
E a Taxa Referencial é
índice de correção monetária?
Aí
está o X da questão. Apesar da TR ser o índice legal (pois criado pela lei
8.177/91) para atualizar o FGTS, o Supremo Tribunal Federal considerou que a
correção pela TR não repõe o poder de compra, deixando os valores de
precatórios defasados.
Mas o que tem a ver?
Acontece
que ao dizer isso o STF abriu um precedente, ou seja, por alusão, se a TR não
serve para corrigir os precatórios, então não serve para corrigir o FGTS, por
isso milhões de pessoas estão buscando seus direitos ajuizando ações contra a
Caixa Econômica Federal para que corrija o saldo do FGTS do período
compreendido entre 1999 e 2013, e aplique um índice que, de fato, sirva para
corrigir monetariamente a moeda, como os ditos acima.
Para
se ter uma ideia em 12 meses a TR acumula variação de 0,04% enquanto o INPC no
mesmo período registra alta de 6,67%.
Então,
quem tem direito a reclamar essa revisão do saldos do FGTS desse período?
Todo
trabalhador que teve carteira assinada, aposentado ou não, nos últimos 14 anos
tem direito à revisão do benefício.
Alguém já ganhou?
Nenhuma
ação de revisão de FGTS pelos motivos aqui expostos chegou no Supremo Tribunal
Federal, ainda. Mas, nas instâncias inferiores, em processos relativos aos
expurgos inflacionários do FGTS (onde também se discutiu a aplicação da TR nos
saldos do FGTS) muitas pessoas estão tendo e já tiveram seus pedidos julgados
procedentes.
Aguarde!
Em breve, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região irá divulgar
informações de como proceder.
JusBrasil
Delegado sindical do Cesup Patrimônio Curitiba, Banco do Brasil S.A.
Membro do Coletivo Opinião Bancária
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Plano de Funções BB: Sindicato ganha ação que impede redução na remuneração de funcionários com mais de 10 anos em cargos comissionados
Domingo, 03 de Novembro de 2013
In SEEB Brasília
Em
ação judicial coletiva (número 197/2013/16 Vara) movida pelo Sindicato dos
Bancários de Brasília, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) decidiu que os
trabalhadores do Banco do Brasil lotados em Brasília que tenham 10 ou mais anos
em cargos comissionados não poderão sofrer redução de remuneração no âmbito do
novo plano de funções.
A
decisão, em segunda instância, representa importante vitória na luta contra as
ilegalidades do novo plano, implementado unilateralmente pelo BB em janeiro
deste ano, e abrange todos os trabalhadores com pelo menos 10 anos em funções
comissionadas, independentemente de terem optado ou não pelas novas funções
gratificadas (FG) ou de "confiança" (FC).
O
TRT decidiu também que a redução da jornada não pode acarretar redução da
remuneração. Assim, o BB foi condenado a pagar as diferenças decorrentes do
enquadramento em FG. A determinação está sujeita a recurso no Tribunal Superior
do Trabalho (TST). Após esgotados os recursos, as diferenças salariais deverão
ser executadas em lotes de empregados, para evitar tumultos. Essa foi a forma
de execução de outra ação vitoriosa do Sindicato, a dos anuênios.
Vitória
fortalece outras ações da estratégia nacional de luta contra a redução de
remuneração
Essa
ação faz parte da estratégia nacional na luta contra as ilegalidades do plano
de funções, fortalecendo a jurisprudência na defesa dos trabalhadores. O
Sindicato dos Bancários de Brasília ingressou com essa ação em fevereiro de
2013, utilizando como embasamento a Súmula 372 do TST, que protege a
remuneração dos trabalhadores com dez anos em cargos comissionados. Não obtendo
êxito em primeira instância, a assessoria jurídica do Sindicato (LBS
Advogados), por intermédio do experiente advogado Paulo Roberto, recorreu ao
TRT, alcançando assim a vitória.
A
decisão fortalece a luta do Sindicato contra a redução de remuneração nas
funções gratificadas, inclusive para aqueles com menos de dez anos em cargos
comissionados, que está sendo pleiteada em outra ação judicial coletiva movida
pela entidade (processo 1097/2013/6 Vara), com julgamento marcado para dia 19
de dezembro de 2013.
"Desde
o momento da implantação do plano de funções, a comissão de empresa dos
funcionários do Banco do Brasil (que assessora a Contraf-CUT), que tem
representantes de todo o país, discutiu e elaborou uma estratégia nacional de
luta contra as ilegalidades implementadas. Foi estabelecido um calendário de
paralisações e protestos, visitas a parlamentares e ao governo. Na esfera
judicial, os sindicatos elaboraram ação coordenada, buscando vitórias locais
para fortalecer a jurisprudência no país. Esse planejamento vem trazendo
resultados positivos, essa vitória do Sindicato sendo fundamental para todos os
trabalhadores do BB", destaca Rafael Zanon, diretor do sindicato dos
bancários de Brasília e representante na
comissão
de empresa.
"Nossa
atuação no judiciário é pautada pela responsabilidade e estratégia. Realizamos
centenas de debates nos locais de trabalho ao longo do ano, esclarecendo os
trabalhadores sobre essa tática, que foi elaborada após minuciosos estudos de
nossa diretoria e assessoria jurídica, na busca de um resultado final que
favorecesse os trabalhadores. Essa vitória representa um passo importante,
mostrando que, em momentos de crise, é fundamental agirmos com planejamento e
racionalidade. Continuamos na luta, até a vitória", reforça Wescly Queiroz,
secretário jurídico do Sindicato dos Bancários de Brasília.
Leia
a seguir a Ementa da decisão:
Processo:
00197-2013-016-10-00-0-RO Acórdão do(a) Exmo(a) Desembargador(a) Federal do
Trabalho MARIA REGINA MACHADO GUIMARÃES
Ementa:
“EMENTA: BANCO DO BRASIL. FUNÇÕES GRATIFICADAS. REDUÇÃO DO VALOR EM FACE DA
ALTERAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO. IMPOSSIBILIDADE. As gratificações pagas pelo
Banco do Brasil, via de regra, tomavam por base unicamente o cumprimento de
jornada de oito horas diárias. Após o ajuizamento de diversas reclamações
trabalhistas, nas quais os trabalhadores exercentes de diversas funções
pretendiam o reconhecimento de que estavam enquadrados na jornada prevista no
caput do art. 224 da CLT e não na exceção do § 2º, o banco criou nova tabela de
funções, classificando-as em "funções de confiança", se vinculadas ao
cumprimento de oito horas diárias, e em "funções gratificadas", caso
o trabalhador esteja atrelado ao limite de seis horas por dia de labor. Assim,
as jornadas de trabalho de cada empregado do banco foram fixadas conforme a
função ocupada. Não haveria qualquer irregularidade em tal procedimento se o
demandado não tivesse reduzido o valor correspondentes às funções gratificadas
sob o pretexto de efetuar a adequação à jornada de seis horas diárias. A
irredutibilidade do salário é princípio basilar da legislação pátria, somente
sendo possível sua mitigação por meio de convenção ou acordo coletivo, jamais
por intermédio de regulamento empresarial (art. 7º, VI, da Constituição
Federal).”(RO 232-79.2013.5.10.0801.Relator Desembargador Pedro Luís Vicentin
Foltran. Julgado em 18.09.2013)
Leia
a íntegra da decisão em:
http://www.bancariosdf.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=12198%3Aplano-de-funcoes-bb-sindicato-ganha-acao-que-impede-reducao-na-remuneracao-de-funcionarios-com-mais-de-10-anos-em-cargos-comissionados&catid=13%3Abanco-do-brasil&Itemid=22
Delegado sindical do Cesup Patrimônio Curitiba, Banco do Brasil S.A.
Membro do Coletivo Opinião Bancária
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
A PRIVATIZAÇÃO DO BB ESTÁ EM CURSO
Após
a escandalosa privatização do campo de Libra do pré-sal, cuja exploração foi
transferida para empresas estrangeiras, o governo federal anuncia mais um
avanço da privatização do Banco do Brasil com o aumento para 30% do limite de
participação estrangeira no banco.
Lula
e Dilma, durante suas campanhas eleitorais, diziam que o PT no poder defenderia
as empresas públicas. Que o BB, a Caixa e a Petrobras não seriam privatizadas
nos seus governos. Que este risco existia apenas com a vitória do PSDB nas urnas.
Dilma afirmou ainda que privatizar o pré-sal seria um crime e que ele era nosso
passaporte para o futuro. Mas a realidade nos mostra a cada dia que o
verdadeiro compromisso dos governos do PT é com o capital privado e não com os
trabalhadores.
Em
2002, no final do governo FHC, a participação de capital estrangeiro no BB era
de 0,9% e a quantidade de ações negociadas em bolsa não alcançava os 7%. Em
2006, o governo Lula aumentou para 12,5% o limite para a participação
estrangeira no banco e, em 2009, para 20%. Em julho de 2010, último ano do
governo Lula, o total das ações negociadas em bolsa passou dos 30% e a
participação de estrangeiros no BB saltou para 16,2% da composição acionária. A
participação da União obviamente caiu bastante, de 72% em 2002 para 58% em
2013. Agora, Dilma, através de decreto presidencial, aumenta para 30% o limite
da participação estrangeira no BB. A ampliação de capital privado e estrangeiro
dentro do banco e a redução da participação da União não tem outro nome: é
PRIVATIZAÇÃO!
O
governo declarou ser do seu interesse a mudança para 30%. O vice-presidente de
gestão financeira e de relações com investidores do banco, Ivan Monteiro, disse
que a medida estava em estudo a seis meses e que busca “dar mais liquidez às
ações da instituição e, assim, assegurar ganhos aos acionistas diante de
mudanças previstas para 2014 no índice Bovespa”. Nesta sexta-feira, o mesmo dia
da publicação do decreto presidencial, foi divulgada, na intranet do BB, uma
declaração de Dilma aos funcionários do banco na qual dizia ser ele “uma
empresa de mercado com alma de pública".
É
isso que fazem os governos do PT: colocam a estrutura pública a serviço dos
ganhos privados!
As
consequências desta medida serão o aprofundamento de uma gestão privada dentro do
BB, que visa os lucros recordes a qualquer custo.
Para
nós, funcionários, significará imediatamente o aumento da pressão por
resultados e, com ela, as metas sem limites, o assédio moral, as
reestruturações, a piora das condições de trabalho e um violento adoecimento.
Enfrentaremos, certamente, a tentativa de ataques futuros aos nossos direitos e
um endurecimento ainda maior nas negociações salariais com o banco. Sofreremos
ainda com o aumento da terceirização, que hoje já nos tira postos de trabalho e
transfere o serviço para trabalhadores com menores salários, sem direitos e
condições de trabalho ainda mais precárias que as nossas. Veremos ainda a
expansão dos correspondentes bancários e o aprofundamento dos contratos com
empresas terceirizadas que oferecem o menor preço e praticam todo o tipo de
ilegalidade, dando calote nos trabalhadores, como vemos acontecer de forma
sistemática com vigilantes, telefonistas e trabalhadores da limpeza, sem
qualquer compromisso do banco.
Os representantes dos
trabalhadores não podem se calar diante deste ataque
No
site do Sindicato dos Bancários do Rio e da Contraf/CUT, é muito comum
constarem artigos elogiando o governo federal e sua política econômica. Mas é
necessário ser coerente com a função de representante dos interesses dos
trabalhadores. A culpa pelas mazelas que vivemos no BB não é apenas da direção
da empresa, mas sobretudo do governo que determina o papel do banco dentro de
sua política econômica e a quem está submetida aquela direção. A alteração do
capital do BB faz do governo Dilma o
principal responsável pelas práticas antissindicais e pela gestão baseada no
assédio moral, que hoje adoece e mata os funcionários. Exigimos que a
Contraf/CUT denuncie este grave ataque e tenha uma atuação verdadeiramente independente
do governo!
Uma resposta às ameaças
da DIREF: Quem descumpre acordos é o BB
Em
mais uma tentativa de nos intimidar, o Banco divulgou uma mensagem ameaçando,
sob o ponto de vista disciplinar, aqueles que se recusarem a compensar as horas
da greve. O BB foi responsável por um impasse nas negociações durante a greve,
pois era o único banco que insistia na compensação total das horas, em 180
dias. Derrotado naquela discussão, agora o BB tenta de todas as formas impor o
medo e um sentimento de derrota aos grevistas, jogando todo o funcionalismo
contra a greve, este instrumento de luta, legal e legítimo, dos trabalhadores.
A
direção do Banco orientou os gestores a pressionar os funcionários para que
eles compensem as horas e a “renegociar” as ausências, como férias e abonos. No
ano passado, diante de toda a pressão feita pelo banco e da desmarcação das
férias dos funcionários, o Ministério Público do Trabalho (MPT) acolheu
denúncia contra o BB por prática antissindical.
Vejamos
a cláusula da Convenção da FENABAN deste ano, que regulamenta a compensação de
horas da greve.
"Os
dias não trabalhados entre 19 de novembro de 2013 e 14 de outubro de 2013, por
motivo de paralisação, não serão descontados e serão compensados, com prestação
de jornada de trabalho limitada 1 (uma) hora diária , no período compreendido
entre a data de assinatura desta Convenção Coletiva de Trabalho até 15 de
dezembro de 2013, e, por consequência, não será considerada como jornada
extraordinária, na forma da lei.”
O
acordo tem exatamente a mesma redação do ano anterior, avançando para o limite
máximo de compensação de uma hora diária e não duas. O acordo não estabelece
nenhum percentual mínimo de compensação, apenas o máximo, nem qualquer punição
ao funcionário que não realize a compensação. Consta, sim, que em 15 de
dezembro a compensação estará encerrada.
O
que todos sabemos, mas o BB não fala, é que nenhuma compensação é justa pois a
greve só foi deflagrada e se estendeu devido à intransigência do governo e dos
banqueiros nas negociações.
Ele
não fala também que quem descumpre acordos coletivos é a direção da empresa,
que descomissiona por ato de gestão tendo assinado um acordo onde consta uma
cláusula que exige três avaliações ruins na GDP para ocorrer o
descomissionamento. Que, pelo segundo ano seguido, não concede aos seus
funcionários o reajuste do piso salarial que consta no acordo da Fenaban
assinado também pelo BB. Que incentiva a prática do assédio moral pelos seus
gestores ao mesmo tempo que diz combatê-lo.
Estamos de olho! Não
assine nenhum cronograma de reposição das horas de greve
Não admita a desmarcação
de suas férias
Denuncie qualquer
assédio e intimidação feitos pelo gestor
Delegado sindical do Cesup Patrimônio Curitiba, Banco do Brasil S.A.
Membro do Coletivo Opinião Bancária
domingo, 20 de outubro de 2013
Exército já ocupa frente de hotel onde ocorrerá leilão do pré-sal
20/10/2013
- 11h51
Douglas
Corrêa
Repórter
da Agência Brasil
Rio
de Janeiro - As tropas do Exército já estão posicionadas em frente ao Hotel
Windsor Barra, no Posto 4 da Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, zona
oeste da cidade, onde nesta segunda-feira, a partir das 14h, ocorrerá o
primeiro leilão de Libra, do pré-sal da Bacia de Santos, atendendo às novas
regras do modelo de partilha.
Os
militares ocupam a entrada do hotel desde a meia-noite de hoje (20), equipados
com escudos e armas não letais. A tropa está preparada para agir em casos de
manifestações, que estão sendo convocadas pelos petroleiros em greve e pelos
movimentos sociais que apoiam a paralisação, contrários ao leilão da camada do
pré-sal. Os petroleiros estão parados, por tempo indeterminado, desde
quinta-feira (17).
Os
black blocs, grupos que se vestem de negro e usam máscaras contra gás,
presentes em todas as manifestações, estão convocando pelas redes sociais para
um ato unificado amanhã, a partir das 10h, na praia da Barra da Tijuca, entre a
Ponte Lúcio Costa e a Praça do Ó. O texto diz que o ato unificado é "Um
milhão contra o leilão, a opressão e pela educação". Os black blocs também
estão marcando uma concentração, às 17h, na Candelária, para um ato ao longo da
Avenida Rio Branco, com término na Cinelândia.
A
segurança na região da Barra da Tijuca, onde ocorrerá o leilão, será feita pelo
Exército, com o reforço da Marinha, da Força Nacional e da Polícia Militar. O
patrulhamento ostensivo começou na madrugada de hoje (20), na faixa do litoral
e nas vias do entorno do Hotel Windsor. A área de atuação das forças de
segurança está delimitada pelas avenidas Lúcio Costa, Érico Verissímo, Armando
Lombardi, Afonso Arinos de Melo Franco e o Canal de Marapendi.
O
efetivo total empregado na operação é formado por cerca de 1.100 homens, entre
militares e policiais federais e estaduais, policiais civis, guardas municipais
e funcionários públicos. Em nota, o Comando Militar do Leste (CML) pede aos
motoristas que evitem a região entre hoje e amanhã, por causa de retenções no
tráfego nas vias próximas ao hotel.
De
acordo com o assessor de imprensa do CLM, coronel Roberto Itamar, "as
coisas estão acontecendo progressivamente", com o efetivo total a ser
empregado até o início da manhã desta segunda-feira.
O
comando das operações está a cargo do general Lundgren, coordenador do Centro
de Operações do Comando Militar do Leste e pelo general Nolasco, comandante da
9ª Brigada de Infantaria Motorizada, sediada no Rio de Janeiro.
Edição:
Graça Adjuto
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3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à
Agência Brasil
Delegado sindical do Cesup Patrimônio Curitiba, Banco do Brasil S.A.
Membro do Coletivo Opinião Bancária
sábado, 19 de outubro de 2013
1 Milhão contra leilão do Pré-Sal
Todos contra o Leilão do
Pré- Sal # Contra a Opressão # Pela Educação
Segunda 21
de Outubro de 2013
10 Hs - Barra da Tijuca (Hotel Windsor)
17 Hs - Candelária
Nas jornadas de junho, a população brasileira tomou as ruas do Brasil para lutar contra o aumento das tarifas dos transportes públicos e por direitos sociais. O despertar de muitos, assustou os governantes. Essa luta segue firme com a greve dos profissionais da educação e a defesa da educação pública que vem arrastando milhares no Rio de Janeiro. E nessa segunda-feira, 21 de outubro, essa história terá mais um importante capítulo: barrar o criminoso leilão do pré-sal brasileiro.
A presidenta Dilma Rousseff contraria suas promessas de campanhas e promove a maior privatização do patrimônio público do país com a entrega do pré-sal para multinacionais estrangeiras. Nem os escândalos de espionagem dos EUA fizeram o Governo Federal recuar.
O leilão do campo de Libra acontecerá nesta segunda-feira (21), no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca. Os movimentos sociais farão uma manifestação em frente ao hotel na mesma data, a partir das 10h. O objetivo é barrar a privatização do pré-sal e exigir que todos os recursos do petróleo sejam destinados para educação, saúde, moradia, energias limpas. Não queremos apenas os 15% referentes aos royalties, queremos que todo o dinheiro do petróleo esteja à serviço do povo brasileiro.
O Sindipetro-RJ disponibilizará transporte saindo do Centro do Rio de Janeiro para facilitar o deslocamento dos manifestantes. Os ônibus sairão a partir das 7h da manhã da Av. República do Paraguai, que fica entre o edifício sede da Petrobrás, o BNDES e a Catedral do Rio de Janeiro.
Todo Petróleo Tem que Ser Nosso!
Em 1995, com a lei que quebrou o monopólio estatal e instituiu a privatização do petróleo brasileiro, FHC chamou o Exército para ocupar as refinarias e calar a voz dos petroleiros. Em 2013, Dilma Rousseff convoca as Forças Armadas para garantir o leilão de Libra. A Presidência da República se volta contra o povo e abdica da soberania nacional para garantir os interesses das grandes corporações empresariais. Leiloar Libra, o maior campo de petróleo do Brasil, uma riqueza estimada em 1,5 trilhão de dólares, é trair trabalhadores, estudantes, aposentados e jovens.
Brasileiras e brasileiros, no dia 21 de outubro, vamos manifestar nossa indignação. Vá para as ruas com a Bandeira do Brasil, vista-se de preto, coloque fitas pretas nos carros e panos pretos nas janelas, em sinal de luto pelo Brasil.
Não ao
leilão de Libra
Delegado sindical do Cesup Patrimônio Curitiba, Banco do Brasil S.A.
Membro do Coletivo Opinião Bancária
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Conheçam a canção MUITO BRASILEIRA da dupla mineira, radicada em Curitiba: Zezé Chagas & Simões
Letra
e música belíssima
MUITO
BRASILEIRA
Sim,
eu sou mulher brasileira,
E
o sangue latino
Acende
meu corpo
Nem
é preciso contar
É
só ver meu olhar
E
as expressões do rosto
Sim,
eu sou mulher,
E
ser mulher, desde Adão,
Requer
sinônimos
Eva,
Pandora, Helena,
Maria,
Madalena, Cleópatras
Utópicas
do gozo
Por
eu ser mulher
Me
querem doce e eu, às vezes,
Sou
como se fosse
Se
a vida não é fácil
Sei
jogar meu laço
E
quando enlaço, adeus moço!
Por
eu ter este jeito
Me
chamam de fronteira,
Garimpeira,
guerrilheira...
Eu
sou sim, não nego...
Muito
brasileira!
JOAQUIM
SIMÕES RIBEIRO
Delegado sindical do Cesup Patrimônio Curitiba, Banco do Brasil S.A.
Membro do Coletivo Opinião Bancária
Privatização do banco Banestado completa 13 anos, benefícios para os paranaenses ficaram no discurso
Neste
dia 17 de outubro, a privatização do Banestado (Banco do Estado do Paraná)
completa 13 anos. Engolido pela política de favorecimento aos grandes tubarões
do sistema financeiro nacional, encaminhada durante o governo neoliberal de
FHC, o banco público paranaense foi levado a leilão e arrematado por apenas R$
1,6 bilhão pelo Itaú.
O
argumento usado na época pelo então governador do Estado, Jaime Lerner, para a
venda era de que o Banestado estava quebrado, de que era utilizado para a
realização de operações de empréstimos irregulares e de que com a privatização
o atendimento à população paranaense seria melhorado. Este mesmo destino
tiveram o Banespa, Banerj, Bemge e diversos outros bancos públicos estaduais,
quase todos comprados a preços módicos pelos bancos Itaú e Bradesco.
Nesta
transação, o banco Itaú levou a parte “boa” do banco, formada pela rede de
agências, carteira de clientes, imóveis, R$ 1,6 bilhão de créditos tributários
e o direito de operar as contas do Estado por cinco anos. Além disso, ficou com
21% das ações da Copel, dadas pelo governo Lerner como garantia pela compra de
títulos “podres” de Osasco, Guarulhos e dos Estados de Alagoas, Santa Catarina
e de Pernambuco.
O
processo de ”saneamento” feito pelo governo do Estado iniciado em 1997 resultou
numa dívida de R$ 5,6 bilhões junto ao Banco Central. O governo do Paraná ficou
ainda com R$ 1,5 bilhão de créditos irrealizáveis. No início deste processo
foram cortados cerca de 8300 empregos diretos no Banestado, atingindo
bancários, pessoal da limpeza, copa, vigilantes, fornecedores e outros.
Desmonte
da rede
Após
ter assumido o controle do então banco público paranaense, por volta de 2001 o
banco Itaú desencadeou uma onda de fechamento de dezenas de agências em
municípios de pequeno porte no interior do Paraná, consideradas deficitárias.
Ao
mesmo tempo, o banco demitiu milhares de funcionários, jogando o discurso feito
por Jaime Lerner de que a privatização traria benefícios aos paranaenses.
Atualmente, o banco Itaú Unibanco mantém várias agências nas pequenas cidades
funcionando com apenas um funcionário, sem portas de segurança e com estrutura
precária, muitas delas ainda utilizando mobiliário da época do Banestado.
Na
ânsia de elevar ainda mais seus lucros já exorbitantes, o banco Itaú Unibanco
segue em frente com o enxugamento de seu quadro no Estado. Segundo levantamento
feito pelos Sindicatos filiados à FETEC-CUT-PR, entre janeiro de 2010 a outubro
de 2012 o banco promoveu 704 demissões de bancárias e bancárias no Paraná. E as
demissões continuaram nestes últimos 12 meses!
Assim,
no aniversário de 13 anos de privatização do Banestado não há nada o que se
comemorar, muito pelo contrário.
Por
Armando Duarte Jr.
NOTÍCIA
COLHIDA NO SÍTIO www.vidabancaria.com.br
P. S.: notícia dos 12 anos da privatização do
banco Banestado atualizada 1 ano depois.
Delegado sindical do Cesup Patrimônio Curitiba, Banco do Brasil S.A.
Membro do Coletivo Opinião Bancária
MPT cobra multa de R$ 6,4 bi de bancos por terceirização de funcionários
17/10/2013 às 13:30
Reuters
O
MPT (Ministério Público do Trabalho) abriu ação contra os seis maiores bancos
do país pelo que julga terceirização ilegal na contratação de correspondentes
bancários e pede indenização de R$ 6,4 bilhões.
As
instituições financeiras acusadas pelo MPT são Banco do Brasil, Caixa Econômica
Federal, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e HSBC, além do Banco Central e os
Correios.
O
MPT também pede anulação da contratação do serviço e o reconhecimento dos dos
trabalhadores como bancários, que incorreria em pagamento de diferenças
salariais, auxílio-refeição e horas extras, e reconhecimento da jornada de
trabalho de seis horas. A multa por descumprimento é de R$ 10 milhões por dia,
segundo o MPT.
O
valor da indenização pedido é equivalente a 10% do lucro das instituições em
2012 que corresponde a R$ 1,23 bilhão para o Banco Central, R$ 1,4 bilhão para
o Itaú e R$ 1,22 bilhão para o Banco do Brasil.
Para
a Caixa, o valor pedido é de R$ 610 milhões, além de R$ 1,13 bilhão para o
Bradesco, R$ 630 milhões para o Santander, R$ 130 milhões para o HSBC e R$ 52
milhões para os Correios.
Segundo
a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os correspondentes bancários
constituem uma inovação financeira que, por diminuir a necessidade de escala na
oferta de serviços financeiros, facilita e amplia o acesso da população a esses
serviços, principalmente em áreas distantes e carentes.
A
Federação acrescentou que o trabalho dos correspondentes não limitou o
crescimento do número de agências. A participação deste tipo de serviço no
total de transações bancárias no Brasil representa 4% e tem se mantido neste
nível desde 2008.
"O
objetivo dos Correios é levar serviços bancários básicos à população
brasileira, proporcionando inclusão financeira e social, com atenção especial
às pessoas de baixa renda", diz nota da empresa.
Delegado sindical do Cesup Patrimônio Curitiba, Banco do Brasil S.A.
Membro do Coletivo Opinião Bancária
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Moção de Repúdio ao Comando Nacional dos Bancários
Delegado sindical do Cesup Patrimônio Curitiba, Banco do Brasil S.A.
Membro do Coletivo Opinião Bancária
MAIS UM PASSO PARA A ISONOMIA NO BB
Projeto
de lei que trata da equidade de direitos entre bancários é aprovado na Comissão
de Trabalho da Câmara dos Deputados. A ANABB, na qualidade de representante do
funcionalismo do BB, acompanha a tramitação do projeto no Congresso Nacional
Por
Ariane Povoa
Ana
Beatriz de Oliveira, assessora de Tecnologia da Informação (TI) do Banco do
Brasil, ingressou na instituição no início de 2001. Ela faz parte do segmento
denominado “pós-98” e aguarda o retorno de muitos benefícios perdidos pela
categoria.
“Ter
entrado no BB sabendo que havia situação discriminatória em relação aos antigos
funcionários trouxe certo desconforto e sentimento de injustiça. Há anos
tentamos contornar essas desigualdades por meio de greves e convenções anuais.
A aprovação do Projeto de Lei (PL) da Isonomia nos devolverá esses direitos e
trará mais tranquilidade aos pós-98”, afirma a bancária.
No
início do mês de julho, Ana Beatriz assim como os demais funcionários pós-98 do
Banco do Brasil tiveram importante conquista: o PL nº 6.259/2005 (PL da
Isonomia) foi aprovado por unanimidade na Comissão de Trabalho, de
Administração e Serviço Público (CTASP), da Câmara dos Deputados.
Criado
em 2005 pelos então deputados Daniel Almeida (PCdoB/BA) e Inácio Arruda
(PCdoB/CE), o projeto dispõe sobre isonomia salarial, benefícios e vantagens
dos empregados do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, da Casa da Moeda
do Brasil, do Banco do Nordeste e do Banco da Amazônia.
Caso
o PL da Isonomia se torne lei, os empregados terão equidade de direitos
referentes a tabela de vencimento-padrão, licença-prêmio, abono, Programa de
Assistência Social (PAS), remunerações diversas, férias de 35 dias após 20 anos
de trabalho, além de outras vantagens, sem necessidade de convenções coletivas
anuais para tratar desses temas.
O
projeto tramita em regime ordinário e conclusivo e segue agora para a Comissão
de Finanças e Tributação (CFT), para análise de mérito e adequação financeira e
orçamentária, e para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJC), para análise de constitucionalidade, juridicidade e técnica
legislativa. Será encaminhado ainda ao Senado Federal, que, aprovando o projeto
sem alterações, o enviará para sanção do presidente da República, a fim de que
se torne lei.
Em
relação ao impacto financeiro nas folhas de pagamento das instituições
financeiras públicas federais, a ANABB realizará estudo técnico para verificar
a real influência nos orçamentos. Análises semelhantes apresentaram que o
impacto será da ordem de 0,5% a 1,5%, dependendo das estruturas internas de
remuneração. É importante ressaltar que a isonomia pretendida não é retroativa
e tem efeitos a partir de quando a lei entrar em vigor, ou seja, com a sanção
presidencial.
“Independentemente
do resultado da pesquisa e do valor real que vai impactar no orçamento, a ANABB
tem a convicção de que qualquer desigualdade de direitos deve ser revista. O
Banco do Brasil deve buscar sempre a equidade no quadro funcional”, afirma o
presidente da ANABB, Emílio Rodrigues.
Delegado sindical do Cesup Patrimônio Curitiba, Banco do Brasil S.A.
Membro do Coletivo Opinião Bancária
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Os bancários têm uma tarefa fundamental: mudar o roteiro das últimas campanhas salariais!
Os
bancários têm uma tarefa fundamental: comparecer às assembleias em todo o país
para dizer um sonoro não à proposta rebaixada da Fenaban! Neste ano, podemos e
devemos mudar o roteiro das últimas campanhas salariais!
Querem
derrotar o nosso movimento impondo a compensação dos dias de greve. Neste ano,
a Fenaban conseguiu piorar a proposta: compensação integral em 180 dias!
Não podemos aceitar
nenhuma proposta que inclua a compensação!
Os
bancos usam a compensação para punir os grevistas e jogar os bancários contra
este instrumento legítimo de luta dos trabalhadores. Por isso exigimos o abono
total dos dias de greve!
A
proposta de 8% de aumento está muito aquém do que os bancos têm condições de
pagar e também aquém do que podemos conquistar. Mas, ainda mais importante que
o índice são as propostas específicas do BB e da CEF, que ainda não foram
apresentadas. Queremos respostas concretas do BB para questões como:
*Jornada
de 6 horas sem redução salarial;
*
Fim da terceirização na área meio;
*
Reajuste no piso, que no ano passado foi inferior ao da Fenaban;
*
Fim das metas individuais como critério de avaliação na GDP;
*
Fim da lateralidade e a volta das substituições*
*Incorporação
das comissões aos salários após 10 anos;
*Fim
dos descomissionamentos e demissões por ato de gestão;
*Nos
PSO's, a extinção do conceito de caixa lider, nomeação de todos os caixas
substitutos e aumento de 30% da dotação (Gemod e Caiex) do PSO nas SOP
Você
pode achar que não, mas você faz diferença! Chamamos todos os grevistas a
comparecer às assembleias para dizer um sonoro não às propostas rebaixadas. Não
fizemos 22 dias de greve por 2%. Podemos conquistar mais! A greve não é do
Comando Nacional! A greve é dos bancários!
Delegado sindical do Cesup Patrimônio Curitiba, Banco do Brasil S.A.
Membro do Coletivo Opinião Bancária
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Agora é para valer, fazer diferente e avançar na GREVE
Por
conta de uma futura crise, a partir de 2012 os bancos implantam uma política
agressiva contra o funcionalismo. Os privados via sobrecarga de trabalho,
demissões e aumento da rotatividade. Nos públicos,principalmente no BB, via
reestruturações que acabam desestruturando á
vida de vários colegas e prepararam vários setores do banco para uma
futura terceirização.
No
fim de janeiro foi implantado unilateralmente o plano de cargos e funções, que
de imediato representou a perda salarial do havíamos conquistado em uma década.
E a longo prazo trará maiores perdas em nossas carreiras. Junto com o plano de
cargos e funções reativaram as famigeradas CCVs, uma forma “malandra” de
diminuir o passivo trabalhista nas costas do trabalhadores. E o que falar da Gedip, onde o
funcionário dividi os riscos do negócio com o banqueiro, com certeza esta deve
ser uma medida que não tem amparo legal e cabe a nós pressionar nossas direções
sindicais a acabar com este absurdo.
Diante
do quadro atual, em que os bancos em nome da busca pelo “índice de eficiência”
ou do “mais por menos”, tão decantados pelos novos executivos pagos a peso de ouro para implanta-las, só nos
resta a reação. E de que armas dispomos ? Nossa consciência e disposição de
luta, precisamos fazer desta uma GREVE forte. Precisamos deixar claro que não
voltaremos ao trabalho sem:
*Aumento
decente, de acordo com os altos lucros dos bancos,
*Piso
do Diese;
*Fim
da Gedip;
*Isonomia
salarial e de direitos;
*Plano
de cargos e salários;
*Volta
das substituições;
*BB
100% estatatal;
*Abono
dos dias parados,
*Reversão
para falta greve e restituição dos valores descontados por conta da paralisação
do dia 30/08.
Outra
questão importante nesta campanha, precisamos tirar o governo de trás da
Fenaban. Nós sabemos que quem nomeia a diretoria do BB e CEF é o governo, quem
traça as políticas gerais e cobra resultados é o governo e o ministério da
Fazenda. Nós somos funcionários concursados do Banco do Brasil, não somos
funcionários da Fenaban. Portanto o governo não pode terceirizar a Fenaban a
definição do índice de reajuste que teremos.
Um
governo que eleito com o voto dos trabalhadores, hoje nos dá as costas, muito
mais preocupado com a campanha eleitoral de 2014. Mais preocupado em agradar os
grandes financiadores de campanha, como empreiteiros e banqueiros, agradar a
grande mídia do que atender as demandas da classe trabalhadora.
Por
11 anos a Contraf CUT fez malabarismos para manter o governo atrás do escudo da
Fenaban, mas agora é a hora. Como diz na musica do Vandré “Quem sabe faz a
fora, não espera acontecer.” Vamos fazer desta uma campanha salarial diferente e
cobrar do governo uma posição, afinal de que lado eles estão ao lado do patrão
ou ao lado do bancário, do trabalhador.
Como
avançar na GREVE:
Nosso
movimento tem que crescer a partir da adesão dos colegas que estão
trabalhando nas contingências, shopings
e prédios comerciais. O trabalho agora é de convencimento, vamos contatar
aqueles com que temos maior intimidade e fazê-los entender que numa greve forte
não existe a possibilidade de retaliação já que é grande o número de funcis a que
aderiram a greve.
Também
não podemos aceitar pressão dos gestores, nestes casos denuncie ao sindicato,
isto é prática ilegal, anti-sindical. Para finalizar, vamos fortalecer nosso
movimento a partir do convencimento dos nossos colegas que ainda não aderiram a
greve. Telefone, mande um email, um recado no face. Agora é prá valer.
Delegado sindical do Cesup Patrimônio Curitiba, Banco do Brasil S.A.
Membro do Coletivo Opinião Bancária
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