sábado, 27 de setembro de 2014

Agora é GREVE a partir de 30/09


Coletivo    Opinião    Bancária

Todos à  Assembleia  nesta segunda :      29/09

Agora  é  GREVE  a  partir  de 30/09

Vamos  fazer  uma  campanha salarial diferente

A campanha salarial deste ano coincide com uma acirrada eleição presidencial, nos dando um maior poder de pressão sobre o governo federal, que é o patrão nos bancos públicos. Um reajuste maior no BB e CEF, por sua vez pressionaria os bancos privados. Devemos aproveitar esta conjuntura favorável para mudar o roteiro dos anos anteriores para fazer uma campanha salarial diferente, que nos traga conquistas reais.

As direções  ligadas  a CUT, no entanto, tem  atrasado a  mobilização por conta do processo eleitoral. Só agora convocam   assembleias e sinalizam a greve para 30/09. Precisamos aproveitar este momento para fecharmos um acordo com    conquistas de fato, como um reajuste salarial decente, reposição das perdas salariais, igualdade de direitos dos bancários novos e antigos e melhores condições de trabalho.

A campanha é dos bancários

A categoria deve participar ativamente, vamos lotar a assembleia e tomar a condução da campanha em nossas mãos . Só assim poderemos mudar o roteiro e ter uma campanha salarial vitoriosa. As candidaturas de Aécio, Marina e Dilma são financiadas pelos banqueiros, mas devemos aproveitar a polarização do processo eleitoral para exigir que Dilma se posicione ao lado dos bancários na mesa de negociações, atendendo nossas principais reivindicações. Este momento é favorável para que avancemos em nossas conquistas, mas para que isso aconteça precisamos fazer uma GREVE forte de grande adesão e sob controle dos bancários. Não podemos sair desta campanha salarial sem um reajuste de dois dígitos, direitos iguais para todos  e sem garantir melhores condições de trabalho.

VOTAR A GREVE COM DEMOCRACIA E O CONTROLE DA CATEGORIA

PROPOSTAS DO COLETIVO PARA A ASSEMBLEIA

Além de votar a greve na assembleia,  é preciso aprovar medidas que iniciem já o processo de mobilização, deem transparência nas negociações e o controle na mão dos bancários. Defendemos:
- Eleição em assembleia dos representantes no comando nacional, com prestação de contas à categoria;
- Transmissão ao vivo das negociações, para que toda categoria tenha controle sobre o que está sendo negociado;
- Não aceitação de acordo que prevejam a compensação dos dias de greve;

Caixa: Chega de sufoco para os empregados e a população!
- Precisamos avançar na isonomia, conquistando licença-prêmio e ATS (adicional por tempo de serviço) para todos. Chega de injustiça, direitos iguais já;
-Exigimos a contratação imediata de novos empregados para acabar com o sufoco nas agências. A caixa abriu mais 2 mil agências sem a contrapartida em novas contratações, o que gera piores condições de trabalho e adoecimentos.

BB: Banco público com alma de privado!
- A terceirização avança no BB via BB tecnologia e Serviços (antiga COBRA). Hoje a maioria das operações de crédito imobiliário   do BB são executadas pelo Cenop Imobiliário em Goiânia terceirizado a BBTS.
- O desvio de funções é generalizado, uma forma a mais do BB economizar, explorando mais os funcionários: escriturários fazendo o trabalho de assistentes, estes fazendo o trabalho de analistas e assim por diante. Isto tem que acabar;
- Também é preciso criar uma carreira nos PSOs, valorizando quem trabalha fora das áreas de venda do banco e acabar com os caixas flutuantes.

Coletivo    Opinião   Bancária
Uma alternativa democrática, plural, autônoma , socialista  baseada na independência de classe. Que dialogue e atue com a categoria bancária e construa um sindicalismo autentico  e independente de governos e patrões. Precisamos revigorar as ações coletivas que defendam intransigentemente os interesses e as reivindicações dos bancários como isonomia de direitos, reposição das perdas salariais, fim do fator previdenciário que arrocha as aposentadorias, contratações de mais bancários para acabar o sufoco nos locais de trabalho e as doenças profissionais, combater a terceirização e precarização do trabalho.

Contatos:coletivoopiniaobancaria@gmail.com Informes: http://opiniaobancaria.blogspot.com.br/

domingo, 14 de setembro de 2014

Campanha Salarial : o imobilismo consciente da Contraf CUT

Os bancários de todo o país foram surpreendidos com a divulgação de um novo calendário de negociações que se estende até o dia 02/10. A apresentação da proposta econômica da Fenaban se dará no dia 19/09, mas há negociações agendadas com alguns Bancos em 26/09 (BB ), e 02/10 ( Banrisul). As negociações têm sido uma verdadeira enrolação, sem que os Bancos apresentem qualquer proposta.

Para acabar com a enrolação é necessário mobilizar os bancários. No calendário divulgado pela Contraf não há qualquer orientação de convocação de assembléias. Os dias de luta são construídos pelas diretorias dos Sindicatos, sem qualquer fórum de base, não permitindo o envolvimento da categoria

No ano passado, a assembléia que votou o indicativo de greve dos bancários ocorreu em 12/09. Já passamos desta data e não temos assembleia marcada e nem sabemos quando vai ocorrer.

Enquanto isto, a Contraf CUT está bastante dedicada a turbinar a campanha de Dilma .

Para nós do MNOB, o fato de que o cenário eleitoral esteja embolado é um elemento QUE NOS DÁ MAIOR POTENCIAL DE PRESSÁO. Neste momento, há um debate entre as duas candidatas mais bem pontuadas ( Dilma e Marina ). Cada uma delas afirma que a outra é "amiga dos banqueiros". E, ao mesmo tempo, cada uma quer distanciar sua imagem dos bancos. Precisamos exigir de Dilma ( que é nosso patrão no BB e na Caixa ) que demonstre de que lado estará na mesa de negociação : do lado da Fenaban ou dos bancários.

Há um grande debate sobre o tema da autonomia do Bacen. A CUT acerta ao dizer que um país entregue aos banqueiros é prejudicial à população . Porém, o que a CUT não denuncia é que durante o governo Dilma/Lula já há "autonomia" operacional do Bacen. Os grandes bancos é quem mandam na política econômica do país. Não é por menos que o setor financeiro seja um dos setores que mais lucram. Só neste primeiro semestre os bancos lucraram R$ 37,2 bilhões

Nós não podemos permitir que a luta pelo nosso reajuste salarial e pelos nossos direitos estejam subordinada à campanha eleitoral. Para isto, é necessário que os bancários tomem a campanha salarial em suas mãos.

Exigimos que a Contraf e os grandes Sindicatos convoquem assembléias até o início da próxima semana ( 22/23 Set ), a fim de avaliarmos a proposta econômica da Fenaban ( dia 19/09 ) e , caso não exista acordo, construir um calendário que aponte o início da greve ANTES do primeiro turno das eleições.


MNOB - CSP Conlutas - 14/09/14

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Para fazer uma campanha salarial diferente

Nas três primeiras rodadas de negociação, os bancos praticamente não apresentaram nenhuma proposta para as reivindicações. Os seis maiores bancos apresentaram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre de 2014. Eles têm a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial, mas fecham postos de trabalho e reduzem a média salarial da categoria com o mecanismo perverso da rotatividade, apesar do aumento da produtividade dos bancários.

No Itaú, cada membro do Conselho de Administração recebeu, em média, R$ 15, 5 milhões em 2013, o que representa 318,5 vezes o que ganhou o bancário do piso salarial. No Santander, cada diretor embolsou, em média, R$ 7,7 milhões no mesmo período, o que significa 158,2 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que pagou, em média, R$ 13 milhões no ano para cada diretor, a diferença para o salário do caixa foi de 270 vezes.
Dessa forma, para ganhar a remuneração mensal de um desses executivos, o caixa do Itaú tem que trabalhar 26,5 anos, o caixa do Santander 13 anos e o do Bradesco 22,5 anos. Essa imensa distância, que separa os ganhos dos altos executivos e os salários dos bancários, atenta contra a justiça social e a dignidade dos trabalhadores.

O  sistema financeiro forte constrói uma rede escusa de relações e interferência que corroem todos os poderes políticos, entre eles a mídia e os governos. Neste ponto os dois governos PSDB e PT  pouco se diferem, ambos mantiveram intocados as benesses das grandes oligarquias industriais, rurais e financeiras. O pagamento da dívida pública continua consumindo mais de 42% de todo orçamento federal em detrimento de gastos nas áreas da saúde e educação. O lucro das instituições financeiras foram  absurdos nos dois governos , ambos não tocaram na injusta distribuição de terra, de renda e de poder que permeia a nossa sociedade. As instituições financeiras continuam a  controlar o espectro das decisões econômicas.

Que um governo dito de esquerda no poder há 12 anos não tenha quebrado o processo de transformação em um paraíso de rentabilidade para o sistema financeiro, com suas taxas de juros abusivas , é algo que só pode provocar indignação. Que tais lucros estratosféricos se mantenham em plena retração da economia é apenas um sintoma de onde estão aqueles que realmente controlam as decisões deste país.

Não podemos aceitar que a Contraf faça de nossa campanha um circo de apoio ao governo Dilma e um palanque para seus ministros, deputados e sindicalistas que desmontam nossas greves. A CUT se transformou numa agência do governo federal e a Contraf é sua versão esvaziada em bancários, nem organiza a base, nem reforça as  nossa campanhas salariais. A Contraf CUT raciocina há tempos com o ponto de vista da classe patronal e não têm mais qualquer relação com o cotidiano dos trabalhadores que deveriam representar.

Desde 2003, nós bancários fazemos  greve todos os anos, mas todas as campanhas salariais têm terminado com acordos rebaixados e com as assembleias cheias de gestores do BB e da CEF, que com a direção da maioria dos sindicatos e orientação do comando nacional votam pelo fim da greve. O campo majoritário do movimento sindical tem se mostrado cada vez mais preocupado em defender os interesses do governo do que em lutar pelos direitos dos trabalhadores.

Nossa categoria precisa de um Novo Rumo


Um Novo Rumo que seja marcado pela independência e autonomia do movimento em relação a partidos, patrões e governos. Que apresente uma pauta de reivindicações que mostre ao conjunto dos bancários que realmente vale a pena lutar. Que não aceite acordos rebaixados, com itens que prejudicam todos os grevistas, como a questão da reposição das horas de greve

Este novo rumo do movimento sindical terá que ter como uma das principais bandeiras a democracia e sua vinculação com a base do movimento. Nesse sentido é necessário ter um comando nacional da categoria que tenha uma composição democrática, no qual estejam presentes as diferentes posições do movimento sindical. São estes os princípios que unificam diversos grupos que têm atuação no movimento sindical bancário por todo o país, mas também colegas independentes, que sentem a necessidade urgente da construção de algo novo. 

Fazemos um chamado para ampliar ainda mais esta unidade. A todos aqueles que estão dispostos a lutar ao lado dos bancários e reverter o curso atualmente imposto pela maioria da direção da CONTRAF/CUT, chamamos a fazer parte da construção deste movimento por um Novo Rumo. Um movimento de oposição bancária sindical independente de governos e patrões! 


terça-feira, 9 de setembro de 2014

BB quer impor gozo de folgas para bancários que trabalharam nas eleições

Em 2005, o Sindicato dos Bancários de Brasília denunciou ao Ministério Público do Trabalho (MPT) que o Banco do Brasil se recusava a conceder folga dobrada, nos termos da lei, aos empregados convocados pela Justiça Eleitoral nos dias de ‘treinamento e preparação dos locais de votação’.

O MPT ajuizou ação civil pública, julgada procedente para declarar a ineficácia da norma interna do banco e condená-lo a conceder folga dobrada nos dias de convocação pela Justiça Eleitoral, sem distinção quanto à finalidade da convocação.

A decisão transitou em julgado somente no final de 2010. Na execução, o banco alterou a norma interna para conceder as folgas dobradas sem distinção e conceder as folgas aos empregados que detinham esse direito.

Em 2013, novamente o Banco do Brasil investiu contra os direitos dos bancários sobre as folgas, baixando norma interna exigindo o gozo imediato de todas as folgas adquiridas (IN 375).

A IN 375 contrariou frontalmente o acordo coletivo, que assegura ao trabalhador o direito de escolher o momento para usufruir uma parte das folgas e também garante o direito de converter uma parte em pecúnia.

O Sindicato entrou com ação coletiva exigindo o respeito às condições negociadas no acordo coletivo, visando a condenação do BB a alterar a IN 375, sob pena de multa por descumprimento dessa obrigação e também multa em favor de cada funcionário eventualmente prejudicado.

Em primeira instância, a Justiça negou a antecipação de tutela e julgou improcedente o pedido. O Sindicato interpôs recurso e o Tribunal reformou a sentença, por decisão unânime da 3ª Turma, condenando o BB a deixar de exigir o gozo integral das folgas adquiridas. O banco também foi condenado a alterar a redação da IN 375 para fazer constar as mesmas condições ajustadas no acordo coletivo, sob pena de pagamento de multa de R$ 5.000,00 por empregado e R$ 500.000,00 por descumprimento da condenação a alterar a norma interna.

E agora o banco volta à carga, tentando impor o gozo das folgas, obrigatoriamente em 90 dias, para os trabalhadores que adquiriram esse direito por servirem a Justiça Eleitoral.

Trata-se de uma alteração na IN 375, feita para prejudicar os funcionários que prestam serviços à Justiça Eleitoral, pois a redação original não estipulava prazo para o gozo, estabelecendo que seria fixado de comum acordo.

O comum acordo permite melhor aproveitamento das folgas, atendendo o objetivo de propiciar repouso e restabelecimento das energias, mas também o planejamento e a conciliação dessas folgas com os membros da família do trabalhador.

O banco está mostrando uma verdadeira intransigência em relação às folgas, buscando o conflito a todo e todo tempo, determinados a frustrar o direito adquirido dos funcionários.

“O Sindicato está encaminhando o caso junto à Justiça Eleitoral e ao Ministério Público do Trabalho as providências necessárias em defesa dos bancários contra mais essa arbitrariedade do BB”, afirmou o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Wescly Queiroz, que também é bancário do BB.


Da Redação – http://www.bancariosdf.com.br

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Bancários de Curitiba,





Precisamos chamar um ato para o dia 12/09, paralisar os grandes Centros e Agências centrais por uma ou duas horas. Convoco os delegados do BB e CEF para pressionarmos a direção do sindicato a assumir este ato e a liberação dos delegados sindicais dia 11 para prepara-lo. Vamos fazer desta uma campanha salarial de verdade, a questão é que para ser vitoriosa esta luta teremos que passar por cima das direções governistas.

Reproduzo abaixo o texto da Juliana Donato do MNOB SP, é necessário que a base dos bancários passe por cima das direções governistas e faça uma campanha salarial que nos traga conquistas reais.

Aproveitar as Eleições para Garantir Conquistas nas Campanhas Salariais

Os principais batalhões da classe trabalhadora, bancários, metalúrgicos, trabalhadores do correio e petroleiros, têm campanha salarial no segundo semestre. A incerteza do cenário eleitoral -que não garante a reeleição de Dilma- abre grandes oportunidades para as categorias conseguirem conquistas importantes. Mas com as direções governistas (que são maioria dessas categorias) vão lutar á morte para que não haja greves fortes nem unificação destas categorias. A última coisa que a CUT e as centrais aliadas desejam é uma onda de lutas antes da finalização das eleições. Greve, quando não tem jeito, que seja bem curtinha e sobre controle dos sindicatos.

Mas os trabalhadores sentem que a situação está cada vez pior e sabem que não podem esperar que o governo resolva seus problemas. Por isto as direções governista terão muitos problemas para impor sua política.

Em bancários a burocracia já foi obrigada a aceitar o dia 11 como Dia Nacional de Luta na CEF por isonomia. No BB a reunião de delegados sindicais de SP, aprovou para o dia 12 paralisação de uma hora nos prédios do centro, com um ato conjunto e liberação dos delegados sindicais dia 11 para preparar o ato. Há também o indicativo de inicio da greve dos correios para o dia 17. Os companheiros petroleiros já entregaram sua pauta de reivindicação para a Petrobrás. Não há dúvida: vai haver luta no segundo semestre.

A questão é que para ser vitoriosa estas luta terão que passar por cima das direções governistas e se unificar. Houve um mportante exemplo no primeiro semestres. Os garis do RJ passaram por cima do seu sindicato, aproveitaram o momento do carnaval e conquistaram uma importante vitórias. Já os trabalhadores da SUAPE fizeram o mesmo no segundo semestre.

Neste sentido lutaremos na base para implementar a resolução da coordenação nacional da conlutas que chama a unificação das campanhas salariais. “Devemos construir um plano de lutas e mobilizações nesse segundo semestre, buscando unificar os calendários de mobilização das categorias e realizar manifestações unitárias nas regiões. “

Só assim, com a base assumindo o controle das campanhas, poderemos ter vitórias expressivas. Nós, da oposição bancária de SP, vamos jogar nossos esforços para que isso aconteça.


Juliana Donato -Oposição Bancária de SP/MNOB/CSP-CONLUTAS