Histórico da atuação do Sindicato contra as demissões e
descomissionamentos

A atuação do Ministério Público
No
MPT, a denúncia foi distribuída para o procurador Adélio Justino Lucas.
Denúncias de descomissionamentos sem justo motivo e perseguição aos grevistas
já haviam sido protocoladas no Ministério Público, e estavam sob
responsabilidade de outro procurador, que as remeteu ao procurador Adélio, já
que este estava de posse da denúncia feita pelo Sindicato contra as demissões.
O MPT
então convocou o Sindicato dos Bancários de Brasília, autor da denúncia contra
as demissões, para audiência, que ocorreu no dia 16 de abril do ano passado. Na
ocasião, o Sindicato relatou sobre as investigações que havia feito, todas as
providências que estavam sendo tomadas contra os abusos. O Sindicato, nessa
audiência, reforçou a denúncia protocolada e propôs ao MPT que convocasse os
diretores que tinham assento no comitê que decidia pelas demissões.
Dessa
forma, o procurador Adélio Justino convocou e ouviu em audiência os diretores
Carlos Netto e Carlos Neri. Tais eventos, que constam como documentos
importantes na ação civil pública movida contra as demissões, tiveram a
presença do Sindicato e contribuíram para formação da convicção do procurador
sobre a denúncia protocolada contra as demissões.
O
Banco do Brasil tentou inibir a atuação do MPT ao protocolar denúncia no
Conselho Nacional do Ministério Público (CNMPT), alegando que o procurador
havia humilhado os diretores da instituição financeira. O Sindicato, ao saber
do ataque, protocolou ofício junto ao CNMPT desmentindo tal denúncia e
defendendo a lisura da atuação do Procurador.
MPT ingressa com Ação Civil Pública. Sindicato participa como
assistente processual
Concluída a fase
investigatória, o MPT ingressou com ação civil pública, que busca reverter as
demissões sem justa causa, alegando que tais desligamentos foram motivados na
tentativa de impedir o acesso à justiça. Nessa ação, de número
846-50.2013.5.10.0004, o Sindicato dos Bancários de Brasília pleiteou e foi aceito
como assistente do MPT.
A participação dos
representantes do Sindicato foi fundamental na audiência de instrução, seja
questionando os réus e vítimas com perguntas imprescindíveis para formação da
convicção do juiz acerca do pleito dos trabalhadores, seja indicando
testemunhas que, com seus depoimentos, contribuíram para a formação da prova de
que a instituição financeira demitiu injustamente, para impedir o acesso dos
trabalhadores à justiça.
O Sindicato participou
ativamente em todas as etapas do processo até o momento, tendo apresentado
réplica aos argumentos do BB e de seus diretores, atuando nas audiências,
somando-se ao MPT na busca do esclarecimento da verdade, formulando perguntas
aos depoentes, apresentando requerimentos e impugnações, enfim, praticando os
atos necessários ao bom andamento dos trabalhos.
Próximos passos
Ao final da fase de
instrução, o magistrado que está à frente do caso determinou os prazos para
razões finais e julgamento da ação civil pública.
Prazo para entrega das
razões finais do sindicato: 07 de fevereiro de 2014.
Prazo para razões finais
do réu: 24 de fevereiro de 2014.
Julgamento: 07 de março
de 2014.
Nas razões finais, as
partes se dirigem ao juiz pela última vez antes do julgamento, para destacar
aspectos que surgiram durante a fase probatória e reforçar os fundamentos do
pedido, devendo ser formuladas com o máximo de cuidado e estratégia.
“O Sindicato tem forte atuação na defesa dos trabalhadores,
inclusive auxiliando o Ministério Público em outras ações, como foi o caso de
uma ação movida pela entidade, cuja decisão serviu de fundamento para o
julgamento favorável da ação que reconheceu o direito de se associar à Previ e
Cassi aos incorporados do BB. Assim, o Sindicato continuará atuando na luta
pelos direitos dos trabalhadores”, destaca Wescly Queiroz, secretário de
Assuntos Jurídicos do Sindicato.
Da Redação
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