sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O “Terrorismo midiático” e a tentativa de criminalizar os movimentos sociais

O mundo viveu uma onda de legislação anti-terrorista após os atentados de 11 de setembro. Países passaram a aprovar legislações duras, flexibilizando direitos, criando noções bastante amplas do que vem a ser terrorismo. A justificativa da luta contra o terrorismo deixou o mundo hoje um lugar menos livre. Centros de tortura espalhados por diversos países, grampos generalizados e  perseguições a adversários políticos.


O projeto prestes a ser votado no Senado não combate o terrorismo de forma  eficiente, mas são muito úteis para perseguir adversários políticos e principalmente criminalizar os movimentos sociais e reprimir  manifestações em ano de copa do mundo.

A mídia descaradamente manipula o sofrimento causado pela morte do jornalista Santiago. Por que não se deu o mesmo destaque as outras onze mortes que aconteceram anteriormente ?  A resposta é simples.  Santiago era o corpo que faltava para se criar o verdadeiro clima de “terrorismo”,  ele sim incitado pela grande mídia, por políticos governistas  ávidos pela criação de lei mais duras para reprimir as manifestações em ano de Copa do Mundo.  Cai como uma luva também para a oposição de direita, sempre adepta a repressão policial e a criminalização dos movimentos sociais.

A história contada pela mídia, carece de veracidade, quando confrontada com uma análise isenta do que ela nos tem apresentado. O esforço do especialista, na Globo, tentando mostrar que  o negro e magro Caio de cabelo curto era o mesmo apresentado numa foto em que o pretenso “autor” era branco, e   tinha cabelos bem maiores que o acusado.           

Enfim o rojão pode ter vindo sim de um manifestante, mas o que a mídia e a polícia carioca fazem é puro “Terrorismo midiático”. Na verdade era contra os abusos cometidos pela mídia que nós deveríamos criar leis. 

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