Reproduzo o texto da colega Patrícia
Vale do MNOB Movimento Nacional de
Oposição Bancária, um chamamento a categoria bancária para que rompam as
barreiras das direções sindicais da CONTRAF CUT e se disponham a lutar e ousar seguindo o exemplo dos garis do
RJ.

Cansei de ouvir falas de
colegas que desacreditaram da luta e da possibilidade de vitórias. Colegas que
pensam ser impossível conquistarmos índices mais elevados que significam a
reposição das perdas salariais que acumulamos. Colegas que passaram a não fazer
greve, que optaram por saídas individuais, como “lutar” por uma comissão. Mesmo
sabendo que esta escolha os manterá, para sempre, reféns do assédio moral e de
toda a pressão que, mais cedo ou mais tarde, os adoecerá.
A todos estes colegas, peço
que vejam a luta travada pelos garis do Rio e o seu desfecho. Como aqueles
trabalhadores invisíveis e tantas vezes desqualificados por aquela maldita
frase “não estudou, vai ser gari”, ensinaram tanto a todos nós! Fizeram greve
durante a maior festa popular da cidade, o carnaval, e conquistaram o apoio da
população. Expuseram as mazelas e contradições desta cidade, que se enfeita
para os turistas, mas que trata tão mal os trabalhadores que a constroem e a
mantêm com seu trabalho diário. Enfrentaram (sem medo de ser feliz!) a
intransigência do prefeito Eduardo Paes e da direção da Comlurb, o sindicato
pelego que estava contra a greve e a grande mídia, aliada do prefeito, que fez
de tudo para desqualificar a greve. Lutaram e saíram vitoriosos!
Com o índice de 37%
conquistado, o piso dos garis (R$ 1.100,00) passa hoje a ser maior que o piso
de ingresso de um bancário que trabalha em portaria, contínuo ou servente (R$
1.048,91) e bem próximo do piso de um escriturário ou caixa (R$ 1.503,32). Se
considerarmos os 40% de insalubridade, o piso dos garis (R$ 1.540,00) supera os
pisos de ingresso da categoria bancária.
Os garis, nas manifestações
de rua, cantavam juntos: “Ooohhh, o gari acordooooou!”
Chegou a hora dos bancários,
que trabalham no setor mais lucrativo do país, que acumulou nos últimos anos os
maiores lucros da sua história, também acordarem!
Não há sindicato pelego,
governo ou patrão capaz de segurar a categoria unida e organizada, disposta a
lutar e vencer! Aprendemos isso com os garis!
Nenhum comentário:
Postar um comentário