quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Banqueiros choram. Porém, lucros aumentam e economia vai bem


02/10/2013 às 10:15
SEEB Santos

Nesta terça-feira, 01/10, a categoria bancária chega ao 13º dia de greve nacional e os bancos ignoram os trabalhadores e a população. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), intransigente, não negocia e continua calada. Os banqueiros oferecem 6,1% de reajuste, um índice abaixo da inflação do período, sem aumento da PLR.

Os representantes dos banqueiros se atrevem a dar entrevistas de que os lucros não subiram tanto. Enquanto os números desmentem a versão dos patrões. O lucro líquido do setor atingiu o patamar de R$ 59,7 bilhões nos últimos 12 meses até junho de 2013. Este ano, o resultado promete ser melhor ainda, já que o lucro líquido dos seis maiores bancos (BB, Caixa, Itaú, Bradesco, Santander e HSBC) atingiu R$ 29,6 bilhões, com crescimento de 18,2% (primeiro semestre de 2013 em relação ao mesmo período de 2012).

Lucros aumentam com crise ou sem crise

Nem a crise internacional é pretexto: em setembro de 2008, auge dos problemas, o total de ativos de 156 bancos que entregaram balanços ao Banco Central do Brasil era de R$ 3,006 trilhões. Em junho deste ano, os ativos de 140 bancos – 16 desapareceram por conta das fusões no setor – alcançaram R$ 5,705 trilhões, salto de 89%. Assim, os ativos dos bancos no Brasil, que chegava a 100% do Produto Interno Bruto passou, em cinco anos, para 126% do PIB do país (levantamento da consultoria Austin Rating).

A economia brasileira também vai bem, principalmente se comparada ao mundo em crise: crescimento do Produto Interno Bruto de 1,5% no segundo trimestre do ano (um dos maiores do mundo), desemprego em queda – 6,1%, o menor da história – e avanço de 5,8% no rendimento médio dos trabalhadores (dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Pnad 2012, do IBGE).

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