
O
argumento usado na época pelo então governador do Estado, Jaime Lerner, para a
venda era de que o Banestado estava quebrado, de que era utilizado para a
realização de operações de empréstimos irregulares e de que com a privatização
o atendimento à população paranaense seria melhorado. Este mesmo destino
tiveram o Banespa, Banerj, Bemge e diversos outros bancos públicos estaduais,
quase todos comprados a preços módicos pelos bancos Itaú e Bradesco.
Nesta
transação, o banco Itaú levou a parte “boa” do banco, formada pela rede de
agências, carteira de clientes, imóveis, R$ 1,6 bilhão de créditos tributários
e o direito de operar as contas do Estado por cinco anos. Além disso, ficou com
21% das ações da Copel, dadas pelo governo Lerner como garantia pela compra de
títulos “podres” de Osasco, Guarulhos e dos Estados de Alagoas, Santa Catarina
e de Pernambuco.
O
processo de ”saneamento” feito pelo governo do Estado iniciado em 1997 resultou
numa dívida de R$ 5,6 bilhões junto ao Banco Central. O governo do Paraná ficou
ainda com R$ 1,5 bilhão de créditos irrealizáveis. No início deste processo
foram cortados cerca de 8300 empregos diretos no Banestado, atingindo
bancários, pessoal da limpeza, copa, vigilantes, fornecedores e outros.
Desmonte
da rede
Após
ter assumido o controle do então banco público paranaense, por volta de 2001 o
banco Itaú desencadeou uma onda de fechamento de dezenas de agências em
municípios de pequeno porte no interior do Paraná, consideradas deficitárias.
Ao
mesmo tempo, o banco demitiu milhares de funcionários, jogando o discurso feito
por Jaime Lerner de que a privatização traria benefícios aos paranaenses.
Atualmente, o banco Itaú Unibanco mantém várias agências nas pequenas cidades
funcionando com apenas um funcionário, sem portas de segurança e com estrutura
precária, muitas delas ainda utilizando mobiliário da época do Banestado.
Na
ânsia de elevar ainda mais seus lucros já exorbitantes, o banco Itaú Unibanco
segue em frente com o enxugamento de seu quadro no Estado. Segundo levantamento
feito pelos Sindicatos filiados à FETEC-CUT-PR, entre janeiro de 2010 a outubro
de 2012 o banco promoveu 704 demissões de bancárias e bancárias no Paraná. E as
demissões continuaram nestes últimos 12 meses!
Assim,
no aniversário de 13 anos de privatização do Banestado não há nada o que se
comemorar, muito pelo contrário.
Por
Armando Duarte Jr.
NOTÍCIA
COLHIDA NO SÍTIO www.vidabancaria.com.br
P. S.: notícia dos 12 anos da privatização do
banco Banestado atualizada 1 ano depois.
Nenhum comentário:
Postar um comentário