sábado, 20 de julho de 2013

Negociação do dia 16/07, sobre a nova GDP e Reestrututação da DIRAO

Como já havia colocado, em   "O que esperar da campanha salarial 2013/2014", a rodada de negociação do dia 16/07, não trouxe nenhum resultado favorável aos bancários do BB.  Acabou como sempre, uma mera explanação do Banco das alterações que serão/foram  implementadas, sem  nenhum tipo de negociação, mais uma vez unilateralmente.

 Veja abaixo a matéria do site da SEEB Curitiba.

17/07/2013

BB apresenta ao movimento sindical a alteração na GDP

Em nova rodada de negociação realizada entre os representantes dos bancários e do Banco do Brasil, na última terça-feira, 16 de julho, em Brasília, o BB apresentou um novo modelo de avaliação, que começa a funcionar neste semestre. “O GDP prevê nota e cobrança de cumprimento de metas individuais abusivas, modelo que foi exaustivamente criticado pelos sindicatos e federações presentes na reunião”, informa Ana Smolka, representante do Paraná na Comissão de Empresa do BB.

“Apontamos tremendas injustiças que certamente ocorrerão como, por exemplo, os gerentes responsáveis pelo carteirão nas agências. Estes colegas são sobrecarregados pelo atendimento de clientes com renda abaixo de R$ 4 mil, e pela natureza de seu trabalho raramente cumprem metas de vendas”, explica a dirigente.

O Banco informou que fez uma “pesquisa de mercado". A dirigente Ana Smolka perguntou quais avaliações de quais bancos foram analisadas. “Para nossa surpresa informaram que foram sete bancos, dos quais seis são privados, entre eles o Banco Safra. Perguntei se era uma estratégia de privatização? Negaram. Perguntei desde quando o Banco Safra é parâmetro para o BB?”, questiona.

A mesa de negociação permanente, na avaliação de Ana Smolka, ocorreu como previsto, sem nenhum avanço significativo. O novo modelo GDP também irá prejudicar os trabalhadores ao promover anotações sobre as metas não atingidas, que historicamente são superdimensionadas no início do semestre e retificadas e adaptadas à média nacional no final. “As anotações representam uma tortura ao funcionário por não atingir o inatingível e ficarão registradas individualmente, mesmo que ao final não reflitam a nota que será automática sobre o resultado do sinergia, programa que foi alterado 12 vezes em 2012 por superdimensionar metas. Estas anotações, portanto injustas, é que são analisadas em caso de descomissionamento”, avisa Ana Smolka.

Os dirigentes sindicais concluíram que a alteração no GDP descumpre o acordo na cláusula de garantias contra descomissionamento, pois a premissa da forma de avaliação (sem individualização de metas) foi unilateralmente alterada pelo Banco.

7ª e 8ª horas - O banco publicou, na mesma data da reunião, um novo boletim interno, criando um clima político tenso com os sindicatos do DF e BH quando afirmou suas adesões à CCV. “Ambos fariam assembleias ratificadoras da decisão debatendo o tema novamente sob o ponto de vista sindical de rejeitar estas CCVs. Infelizmente as assembleias ratificaram suas decisões anteriores e  voltaram a aceitar as CCVs”, avalia Ana Smolka.

Reestruturação DIRAO – O BB informou que aumento de serviço trará diminuição de funcionários. Ao serem questionados sobre a incoerência, já que com o aumento de serviço deve-se aumentar o número de funcionários, informou sobre a terceirização de parte deste trabalho. Para o BB esta matemática significa fechamento de unidades GERAT e terceirização de mais serviços. “Nas nossas contas a reestruturação custará aos bancários 132 postos de trabalho comissionados. E na dança das cadeiras está prevista muita concorrência para lateralidade em outra cidade e descenso funcional para os que sobrarem com VCP de 4 meses para ficar onde estão como escriturários excedentes. Sem luta a tendência é piorar”, finaliza Ana Smolka.


SEEB Curitiba

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