Eles
conseguiram habeas-corpus na quinta-feira (12).
Os
três administradores da página Black Block em uma rede social, que foram presos
no Rio na quinta-feira (5), foram soltos nesta sexta-feira (13), informou a
Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Eles haviam conseguido um
habeas corpus, conforme foi antecipado ao G1 pelo advogado Felipe Coelho,
membro do Instituto de Defensores de Direitos Humanos (DDH), responsável pelo
caso, na quinta-feira (12). O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ)
também confirmou a informação. A decisão foi acatada pela 27ª Vara Criminal,
onde corre o processo. O DDH alegou que o trio não representa risco à
sociedade.
Daniel
Guimarães, Jahn Gonçalves e Henrique Vianna respondem por formação de quadrilha
armada e incitação à violência. Numa das casas, chegaram a ser encontrados
artefatos de ação perfurante, conhecidos como "jacaré". A acusação de
formação de quadrilha armada permitiu a prisão dos jovens sem que fosse
possível o pagamento de fiança para libertá-los. No entanto, como as armas não
foram utilizadas em nenhum crime, o pedido de habeas corpus foi aceito.
"A
gente acredita que a acusação de quadrilha armada foi só para que eles fossem
presos, mas não foi difícil soltá-los. Seria uma quadrilha se eles tivessem o
objeto para praticar crimes e se juntassem para criticar crimes. Eles não se
reuniam para incitar ninguém a cometer crime. Já teve manifestante sendo preso
sozinho por formação de quadrilha. Depois, a polícia alegou que os outros
(supostos membros da quadrilha) teriam fugido", disse o advogado.
Segundo
Coelho, o trio responderá em liberdade. "Eles são meros administradores
(das páginas em redes sociais). Não são black blocs. Sequer estavam em todas as
manifestações seguindo os black blocs". No Centro da cidade, no início da
noite desta quinta-feira (12), alheios ao habeas corpus, manifestantes
realizavam ato pela liberdade do trio.
Manifestante
à espera de liberdade
Único
ativista preso no Dia da Independência (7), Wallace Vieira dos Santos, de 26
anos, também está prestes a ser solto do Complexo Penitenciário de Gericinó.
Ele foi preso, segundo a polícia, por portar bomba e sinalizadores. Parentes de
Wallace negam as acusações.
"Estamos
bastante otimistas e acho que, amanhã (13), conseguimos a liberdade dele
também. Já pedimos a soltura, mas o juiz ainda não apreciou", resumiu
Coelho, cujo grupo também está defendendo o manifestante.
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