Duas questões pertinentes relacionadas a CCV
A primeira eu já trouxe ao
conhecimento dos colegas, os fatos ocorridos na base sindical de Brasília, lá
com orientação do sindicato favorável a aceitação da CCV, em assembleia a
categoria votou pela aceitação.
A expectativa de quem votou a
favor era receber logo os montantes da conciliação, independente das perdas que teriam, porém o banco exigiu que
“todas as ações” impetradas fossem suspensas. Não só as referentes ao público
alvo da CCV, como todas as demais, mesmo aquelas que não foram encaminhadas
pelo sindicato.
O fato é que fica suspenso o
pagamento das CCV , na base de Brasília, sob a condição das suspensão das ações
nos moldes da exigência do banco. Ou seja o banco cria uma nova regra que não
estava prevista e mais, com certeza irá pagar os montantes nos moldes do já
oferecido em Maringá sem nenhum tipo de correção.
A segunda questão diz respeito a
matéria publicada no site do sindicato de Maringá:
O Sindicato dos Bancários de
Maringá e Região realizou, no dia 23/04 a sua primeira sessão de conciliação.
Nesta sessão foram analisados três requerimentos (Assistentes). Dos
requerimentos analisados pode-se deduzir a metodologia que o Banco utilizou
para o cálculo do valor apresentado que se resume simplesmente ao seguinte:
R$ 12,50 fixo por dia trabalhado na comissão. Este valor é
invariável e não depende do maior ou menor salário recebido pelo assistente.
Para efeito de comparação um cálculo simples com base na VR atual para
Assistente, chegasse ao valor mínimo de
R$ 71,50 por dia trabalhado na comissão. Este valor aumenta conforme aumenta o salário do empregado, chegando,
conforme o caso, a ser maior que 200% do valor mínimo que calculamos. Portanto
no mínimo existe uma perda de 82,5% para os menores salários nominais. A proposta
do Banco para assistentes que recebem os menores salários não passa de míseros 17,5% do valor devido,
sendo menor ainda conforme o salário do comissionado for maior.
Analisando as duas questões fica claro as perdas que teremos com a
aprovação das CCV em nossa base sindical. Os valores pagos são irrisórios e o
prazo para o efetivo
cumprimento das conciliações
podem ser adiados por um tempo que não podemos prever por conta de manobras que
o banco venha a tomar como o fez em Brasília.
O SEEB Curitiba tem em torno de
1.100 ações ajuizadas várias delas já em processo de
Execução. Entrou também com ações
coletivas por funções abrangendo toda a categoria independente da
sindicalização ou não. Devemos lembrar que os montantes pagos via judicial
estão sujeitos a juros e correção monetária, o que não podemos afirmar dos
montantes pagos pelo banco via CCV.
Nelson Gonçalves da Silva
Delegado Sindical - CENOP Curitiba
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